Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 24 de julho de 2018

São Tomé e Príncipe - Médicos da Lusofonia desafiam as autoridades para a criação do serviço de Dermatologia

O desafio às autoridades são-tomenses no sentido de criar um serviço de dermatologia foi lançado pelos especialistas da lusofonia, durante as jornadas de dermatologia que decorreram na última semana em São Tomé e Príncipe.

A equipa de médicos especialistas em dermatologia de Angola, Moçambique e de Portugal, disponibilizou-se em apoiar a formação de 2 médicos são-tomenses para atender as necessidades das populações são-tomenses no tratamento das doenças da pele. “Neste momento em São Tomé não há dermatologistas. Os colegas de Angola e Moçambique bem como nós estamos disponíveis para acolher um ou dois jovens médicos de São Tomé, para lhes dar formação e daqui a 3 ou 5 anos, São Tomé ter dois especialistas em dermatologia que poderão resolver a grande maioria dos problemas no país”, assegurou o dermatologista português António Massa.

Segundo o dermatologista português a disponibilidade dos especialistas da lusofonia é total, agora restam às autoridades políticas de São Tomé e Príncipe, permitirem que o projecto de formação dos quadros nacionais em dermatologia, seja realizado.

Durante 5 dias médicos especialistas em dermatologia de Angola, Moçambique e de Portugal trocaram experiências com quadros são-tomenses do sector da saúde, com destaque para o tratamento e prevenção das doenças da pele.

São Tomé e Príncipe, país tropical regista vários casos de doenças da pele, com destaque para a celulite necrotizante. Mais de 400 pacientes foram atendidos pelos especialistas da lusofonia. “Os doentes foram observados e medicados e foram feitas cirurgias. Ainda neste momento, há um colega a fazer cirurgia no hospital central Ayres de Menezes”, afirmou António Massa.

Banho excessivo é uma das causas de algumas doenças da pele registadas em São Tomé e Príncipe. “Utilizam o sabão e gel em demasia para se lavarem de forma que ficam com a pele fina. Dois banhos por dia só com água é excelente. É preferível usar o sabonete do que o sabão azul. E aplicar apenas nas zonas de cheiro, como as axilas, zonas do pelo genital e os pés, tudo mais é só água e chega”, explicou o médico dermatologista.

Segundo António Massa, durante as jornadas de dermatologia, “não se registou casos de cancro da pele, por aí está tudo controlado”, pontuou.

As jornadas de dermatologia foram realizadas com apoio do Instituto Marquês de Valle Flôr, e a cooperação portuguesa, dois parceiros de São Tomé e Príncipe, muito activos no sector da saúde, através do projecto “Saúde para Todos”. Abel Veiga – São Tomé e Príncipe in “Téla Nón”

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