Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Internacional - União Africana criou Observatório para abordar as migrações e o desenvolvimento

Os líderes da União Africana (UA) desenvolveram um Observatório sobre a migração e o desenvolvimento, na cimeira que terminou em Nouakchott, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino



O Observatório Africano para a Migração e o Desenvolvimento (OAMD), cuja "implementação foi proposta por Marrocos, será sediado em Rabat", afirmou o chefe da diplomacia marroquina, Nasser Bourita, durante uma conferência de imprensa em Nouakchott, à margem da cimeira de dois dias da UA.

"Os líderes africanos tomaram esta decisão e confiam a esta nova ferramenta, a missão de reunir as estratégias nacionais dos Estados africanos, bem como de melhorar a interacção com os seus parceiros" estrangeiros, acrescentou o próprio.

O ministro marroquino rejeitou a recente proposta da União Europeia (UE) de possibilitar aos migrantes o pedido de asilo na UE através de "plataformas regionais de desembarque" de pessoas resgatadas em águas internacionais, que os líderes dos 28 Estados-membro da UE visavam desenvolver fora do continente europeu.

"Marrocos rejeita categoricamente a ideia desta plataforma e considera-a inadequada. Trata-se de uma solução fácil que só pode ser contraproducente", disse Nasser Bourita.

O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, garantiu na sua conta na rede social Twitter, no passado dia 01 de Julho, que o destino dos migrantes africanos nas fronteiras europeias é trágico e que "a recorrência a práticas intoleráveis contra essas pessoas na própria África" tem aumentado.

"Sob pena de perder todo o crédito moral nesta questão, a nossa união não pode praticar uma política de dois pesos e duas medidas, isto é condenar as violações flagrantes dos direitos dos migrantes africanos noutros lugares e praticar a política de avestruz enquanto factos semelhantes têm lugar no continente", acrescentou o próprio, sem especificar algum país.

O êxodo de centenas de milhares de africanos, principalmente para a Europa, não esteve na agenda oficial da cimeira da União Africana, que foi preenchida pelas questões de segurança, comércio e combate à corrupção. In “Novo Jornal” - Angola

Sem comentários:

Enviar um comentário