Segundo um estudo da
Universidade British Columbia do Canadá liderado pelo investigador Daniel
Pauly, os estoques de peixe na África Ocidental estão a diminuir drasticamente,
não sendo possível quantificar a quantidade de peixe pescado no Atlântico nos
últimos anos.
A responsabilidade de
tal situação, que abrange desde os mares da Namíbia até à Mauritânia e que
inclui zonas de pesca de países lusófonos como Angola, São Tomé e Príncipe,
Cabo Verde e Guiné Bissau, é atribuída aos navios de pesca da China, a segunda
maior frota do mundo, a exercer actividade além-fonteira.
A investigação
publicada recentemente na revista “Fish and Fisheries” estima que a captura de
pescado fora das águas nacionais chinesas é 12 vezes superior ao que é
oficialmente declarado à FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e Agricultura, estimando-se que na África Ocidental a captura de pescado chegue
aos 3,1 milhões de toneladas ano, correspondendo a 64% do esforço de pesca em
águas de outros países.
Apesar da
discrepância dos números o estudo afirma que não implica uma existência de
ilegalidade na pesca, pois há acordos bilaterais entre os diversos países e a
China, mas se persistir a ausência de registo de toda a pesca as gerações
futuras não terão peixe no prato nas suas refeições. Baía da Lusofonia
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