A obra literária “Njinga Mbande–A Rainha de Angola”, da autoria de Elsa Bárber, já se encontra nas bancas, depois da cerimónia de venda e sessão de autógrafos, realizada numa das unidades hoteleiras de Luanda
Num acto bastante concorrido, diversas figuras testemunharam o lançamento, com destaque para a Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, o ministro da Cultura, Filipe Zau, e membros do corpo diplomático.
Na intervenção, a escritora sublinhou que foi uma grande responsabilidade escrever sobre a figura de Njinga Mbande, personagem central da criação desta obra infanto-juvenil que levou mais de um ano a ser concluída. Lançada sob a chancela da Plural Editores, Elsa Bárber explicou que foi um grande desafio em todo o processo de criação da obra, que posteriormente foi submetida a revisores nacionais e estrangeiros antes da publicação.
“É muita responsabilidade escrever sobre a Rainha Njinga. Escolhi esta figura por ser uma mulher inspiradora. Essa obra vai para escolas, sobretudo do primeiro ciclo, para que as crianças tenham conhecimento das figuras da nossa ancestralidade e os seus feitos no engrandecimento da História do país”, traçou a escritora.
Por sua vez, o ministro Filipe Zau felicitou a autora por esse trabalho que considerou bastante pedagógico, que combina no enredo e nos desenhos uma forma interessante para trazer o sentido de identidade às crianças de forma muito mais lúdica e educativa.
“Quem é professor tem aqui um manual importante para as nossas crianças e, sobretudo, para elevar o nosso sentido de auto-estima à volta de coisas que nos dizem respeito”, sugeriu Filipe Zau.
Na qualidade de apresentador da obra, o escritor John Bella considerou a iniciativa bastante louvável e manifestou sentir-se lisonjeado pela autora ter recorrido a si para a apresentação e prefácio. John Bella referiu que a obra vem mais uma vez cimentar que o conhecimento da nossa história tem de ser a base da escrita, sendo a literatura uma ferramenta poderosa.
“Os livros viajam e vão a diversas partes do mundo. Esse é um contributo muito valioso no roteiro da História angolana. É preciso reconhecer que a Rainha Njinga Mbande foi muito mais escrita no estrangeiro, mas actualmente o quadro mudou, porque o trajecto desta celebra rainha é cada vez mais contado pelos próprios angolanos”, observou.
Paulo Ribeiro, director-geral da Plural Editores, disse que a obra de Elsa Bárber inaugura uma colecção infanto-juvenil que tem como grande foco o ensino, visando lançar biografias de personagens que foram importantes para o país.
Segundo argumentou, o objectivo é promover a leitura dos mais novos, para que estejam em contacto com literatura mas, também, conheçam o percurso de figuras marcantes da História do país.
“Quisemos começar esta colecção com esta grande mulher da História africana, que foi a Rainha Njinga Mbande. E a escritora Elsa Bárber aceitou este desafio”, revelou.
O artista plástico Alvaro Macieira foi uma das figuras presentes, tendo referido na ocasião que a obra perpetua o legado de Rainha Njinga Mbande, uma figura lendária cuja pesquisa sobre o seu trajecto e feitos devem ser contínuos para dar a conhecer aos mais novos.
“Este livro é importante porque a história é contada de forma didáctica, na voz de uma avó que conta aos seus netos a história da rainha”, apontou.
Composto por 30 páginas, “Njinga Mbande – A Rainha de Angola” é o novo título na trajectória desta jurista e escritora, membro da União dos Escritores Angolanos. Katiana Silva – Angola in “Jornal de Angola”
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