O
grupo português EDP firmou em Espanha o seu primeiro contrato bilateral de
venda de energia eólica a um cliente industrial, uma empresa que atua no ramo
agro-alimentar
A EDP firmou com a empresa
Calidad Pascual o seu primeiro contrato bilateral de venda de energia eólica em
Espanha. Trata-se de um contrato a cinco anos que garantirá à companhia
espanhola do ramo agro-alimentar um preço estável de energia com garantia de eletricidade
100% renovável.
A Calidad Pascual, que detém,
entre outras, as marcas Vive Soy (produtos à base de soja) e Moccay (café),
informou em comunicado que o contrato com a EDP Renováveis começará em janeiro
de 2018.
O grupo português tem em
Espanha o seu maior mercado europeu de energia eólica, que começa a ser
competitiva para a realização de contratos bilaterais de compra e venda de
energia.
A EDP Renováveis tem vindo a
firmar contratos semelhantes com grandes clientes nos Estados Unidos da América,
mas em Espanha é a primeira vez que estabelece um acordo de venda de energia do
género.
Em Espanha e em Portugal a
maior parte das indústrias contrata o seu fornecedor de energia elétrica em
negociações ou concursos com um conjunto de comercializadores, que adquirem a
energia no mercado grossista ibérico para a revender aos clientes finais.
O estabelecimento de contratos
de aquisição de energia (CAE) a partir de fontes renováveis tenderá no futuro a
crescer, à medida que os parques eólicos e fotovoltaicos mais antigos terminam
os respetivos períodos de tarifas garantidas. Findos esses períodos, e
amortizados os investimentos, os parques têm condições para oferecer preços
relativamente reduzidos quando comparados com o preço do mercado grossista.
Além disso, a evolução
tecnológica, tanto na energia eólica como na solar, vem permitindo construir
novos projetos com preços mais competitivos, cada vez mais próximos dos
praticados, com alguma volatilidade, no mercado ibérico.
O facto de soluções como a
energia eólica e a solar implicarem essencialmente um investimento previsível
(o capital inicial para comprar e instalar os equipamentos), com reduzidos
custos operacionais ao longo da vida útil (e custos de combustível nulos) é
também um factor que joga a favor das empresas de energias renováveis na
estruturação de contratos de médio ou longo prazo para a venda de energia a um
cliente pré-determinado. Miguel Prado –
Portugal in “Jornal Expresso”
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