A MEREC, uma unidade fabril de
agro processamento, vai absorver até finais do ano em curso cerca de 30 mil
toneladas de milho produzido nas províncias de Tete e Niassa para indústria
alimentar em Moçambique.
A medida vai garantir a
comercialização de excedentes agrícolas, o que poderá estimular o aumento da
produção e da produtividade, uma das grandes apostas do Governo.
Para o efeito, o Governo,
através do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), assinou na passada segunda-feira,
na Matola, sul do país, um memorando de entendimento com a MEREC que vai
permitir que o excedente da produção nacional seja colectado e absorvido por
esta indústria de agro - processamento.
O memorando foi assinado pelo
director-geral do ICM, João Macaringue, e pelo seu homólogo da MEREC, Gilberto
Cossa.
O ministro da Indústria e
Comércio, Max Tonela, que visitou a unidade de agro processamento esta
Segunda-feira, na Matola, disse que as projecções indicam para a existência de
excedentes na ordem de 3,9 milhões de toneladas de cereais.
Neste momento, os principais
desafios, segundo o ministro da indústria e comércio, prendem-se com o alcance
das metas de comercialização que até o primeiro semestre deste ano foram
realizadas na ordem de 17 por cento.
“Temos uma resposta positiva
por parte do sector industrial que vai estimular o aumento da procura da
produção nacional e assegurar melhoria do nível do preço negociado com os
fornecedores. Projectamos criar condições para que haja aumento contínuo da produção,
com destaque para cereais”, afirmou.
Max Tonela explicou que,
recentemente, o Governo assinou um memorando de entendimento com a Higest, uma
unidade fabril dedicada à produção e comercialização de rações e pintos, para a
compra de 1.400 toneladas de soja a ser fornecida à empresa até final do ano em
curso.
Por sua vez, o Presidente do
Conselho de Administração (PCA) da MEREC, Mahamud Charania, disse que a fábrica
processa, actualmente, cerca de 100 toneladas de milho por dia e 140 de trigo,
quantidades que poderão incrementar com o aumento da produção e crescente
procura de cereais.
“Temos o nosso parâmetro do
milho que precisamos olhando para a qualidade de cada variedade. Já começamos a
comprar o milho nacional em Manica e Sofala. E por isso temos boas marcas de
farinha de milho e farinha de trigo com procura a nível nacional”, afirmou.
O Governo tem intervindo na
cadeia de comercialização dos excedentes junto das indústrias de agro
processamento que representam, actualmente, no sector alimentar, 22 por cento
da indústria em Moçambique, com vista a estimular a procura nacional de
cereais, substituindo, desta forma, as importações de que a indústria ainda é
muito dependente. In “Agência de Informação de Moçambique” - Moçambique
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