Com ampliação e modernização,
além do recorde na movimentação de grãos no primeiro semestre de 2017, o Porto
do Itaqui vem gerando resultados que aceleram o desenvolvimento do Maranhão.
Os recursos destinados ao
Porto do Itaqui até o ano de 2020 totalizam R$ 1,5 bilhão, incluindo
reinvestimentos dos lucros da Empresa Maranhense de Administração Portuária
(Emap), recursos federais e de empresas da iniciativa privada que operam no
local.
Boa parte desses investimentos
já está em andamento. É o caso da terraplenagem de nova área para armazenagem
de combustíveis no Porto do Itaqui, investimento privado que totaliza R$ 242
milhões. A previsão é de aumento de 30% da capacidade de movimentação de
granéis líquidos.
Segundo a Agência Nacional de
Petróleo (ANP), o Porto do Itaqui é o principal centro de consolidação de
distribuição de carga de granéis líquidos para o país. Além da nova área para
armazenagem, há outros cinco projetos em fase de prospecção na área de
instalação de tancagem.
Outros projetos importantes
para o desenvolvimento do estado envolvem a construção do terminal de granel
sólido e a construção do terminal de papel e celulose, já em andamento. Juntas,
as obras totalizam R$ 553,5 milhões, equivalentes a 36,5% dos investimentos
totais no porto.
“O Projeto da obra de
instalação do terminal de celulose já passou por consulta pública e está em
análise no TCU. Nossa projeção é que até o primeiro trimestre do ano que vem
seja feita a licitação pública por meio de leilão. São investimentos de R$ 270
milhões”, diz o presidente da Emap, Ted Lago.
Ele revela ainda o avanço de
um importante projeto: “Está em andamento na Comissão de Licitação a construção
de um berço próprio. Será um berço de carga geral, preparado para receber
carregadores de navios, grãos e outras cargas. Um berço misto”. A estimativa
para a construção é de 36 meses, sendo uma das maiores obras com recursos
públicos do Maranhão. “Em agosto ou setembro devemos colocar o edital na praça,
com investimentos entre R$150 e R$ 160 milhões.”
Mais
riqueza para o Maranhão
A Emap passou a usar os
próprios lucros para reinvestir em melhorias de infraestrutura do Porto. “O
governador Flávio Dino determinou que investíssemos recursos próprios da
empresa para essas melhorias no porto, já que os recursos públicos devem ser
destinados à saúde, educação, segurança pública. Essa estratégia permitiu que
os lucros da Emap fossem utilizados para atrair mais investimentos. Para se ter
uma ideia, hoje, praticamente um terço da arrecadação de ICMS passa pelo Porto
do Itaqui”, diz Ted Lago.
É o recolhimento de tributos
como o ICMS que permite investimentos do governo em obras e políticas públicas.
Com os recursos oriundos desses tributos, os impactos da crise no Maranhão
foram atenuados em relação a outros estados, protegendo empregos e garantindo
investimentos para os que mais precisam.
Agregando
valor
Além dos bons resultados na
movimentação de grãos, que colocaram o Porto do Itaqui com crescimento à frente
de outros grandes portos brasileiros, a Emap trabalha para agregar valor à rica
vocação maranhense para a produção de grãos.
“Há uma cadeia produtiva muito
importante em torno da produção de grãos, A movimentação envolve também seus
subsídios, fertilizantes e combustíveis. Há uma relação direta entre esses três
produtos; e trabalhamos para agregar novas oportunidades de negócios em torno
desses componentes”, explica o presidente da Emap.
Exemplo dos resultados dessa
estratégia é a assinatura de um estudo que a Emap assinou em parceria com
Cooperação Andina de Fomento (CAF) para integração da MA-006, uma das
principais vias de escoamento da produção de grãos do Estado. “Hoje temos o
transporte de 60% da produção de grãos feito por ferrovias, o que é ótimo, mas
ainda temos regiões próximas ao Porto que precisam ser feitas por meio de
caminhões. Esse estudo de integração logística da rodovia é um passo importante
para recuperação da MA- 006”, finaliza Ted Lago. In
“O 4º Poder” - Brasil
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