A
Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo inaugurou uma Plataforma de
Ciência Aberta, na aldeia de Barca d´Alva, para levar a ciência aos mais jovens
Barca d’Alva foi o local
escolhido para instalar a Plataforma de Ciência Aberta, um projeto estruturante
não só para o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, mas também para o
distrito da Guarda, onde está inserido.
O projeto foi apelidado de
observatório de astronomia e tem como objetivo promover o gosto pela ciência
junto dos jovens de uma forma lúdica. Pedro Russo, astrofísico de renome
internacional, referiu na inauguração do espaço que “este projeto tenta trazer
a ciência, a tecnologia e a inovação a uma zona do país que muitas vezes está
afastada”.
O cientista, nascido no
concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, recordou que os jovens daquela região
estão a mais de duas e três horas de centros de ciência o objetivo da
Plataforma de Ciência Aberta é alterar esse paradigma “e tentar mostrar que o
que se faz em ciência e tecnologia pode ser feito por esta região e isso é um
ponto importante”. “Fazemo-lo em Barca d’Alva e não na sede de concelho porque
o potencial turístico de uma plataforma como esta é bastante grande. Nós
queremos aproveitar para mostrar aos turistas que chegam a este país que
Portugal não é só paisagem, não é só gastronomia, não é só história, que é
única neste momento, mas é também ciência, tecnologia e inovação que são
motores da economia”, explicou o astrofísico.
Por sua vez o presidente da
Câmara afirmou que ter um projeto ligado à ciência em Figueira de Castelo
Rodrigo “é de facto inovador, é diferenciador e tem uma potencialidade enorme”.
“Muitas pessoas pensariam que era uma loucura fazer um projeto desta natureza,
numa terra tão distante, quase junto à fronteira. Pois estes projetos têm essa
finalidade. Fazer projetos desta natureza em zonas quase rurais, fronteiriças e
despovoadas porquê? Porque a ciência pode chegar a todos, aos mais jovens, aos
mais idosos, pode chegar a todos aqueles que se interessarem e pode ser uma
forma de viragem e de incentivo aos mais jovens para despertar para novas
realidades ligadas à ciência. Espero sinceramente que este projeto tenha
sucesso e que naturalmente seja uma revolução não só para Barca d’Alva, mas
para todo o concelho”, defendeu Paulo Langrouva.
Uma revolução em Figueira de
Castelo Rodrigo
O presidente da Câmara disse
ainda estar convencido que a Plataforma de Ciência Aberta “vai ser uma
revolução neste concelho” e fez votos para que “haja cada vez mais visitantes,
cada vez mais pessoas interessadas em vir ver aquilo que foi feito de um antigo
edifício que era uma escola, estava já na sua génese a educação, e que
curiosamente vamos manter com a finalidade educativa”.
Presente na inauguração, o
ministro da Economia elogiou o presidente da câmara de Figueira de Castelo
Rodrigo ao referir que este projeto “mostra acima de tudo que o dinamismo e
determinação de um presidente da câmara pode fazer a diferença”. “Fazer a
diferença marcando espaços, levando-os à frente com determinação e criando
novas razões, novas centralidades em espaços de baixa densidade, remotos, como
muitas vezes dizem”, elogiou Manuel Caldeira Cabral.
Na expectativa de resultados,
o governante acrescentou que a Plataforma de Ciência Aberta “está completamente
dentro do que temos feito com o Turismo de Portugal, mas está também muito em
linha com o que o governo está a fazer com a estrutura de missão para o
desenvolvimento do interior”. “O que queremos é desenvolver, é criar polos de
dinamismo e mostrar às pessoas que há um outro Portugal, um Portugal
interessante e mostrar isso aos portugueses é um enorme ganho”, concluiu.
A Plataforma de Ciência Aberta
está direcionada para os alunos das escolas mas também para a investigação
internacional, através da associação a investigadores de renome internacional,
como o próprio Pedro Russo, investigador mundial na área da astrofísica, que
está ligado à Universidade de Leiden, na Holanda. A Plataforma de Ciência
Aberta está inserida na rede internacional Open Science Centre e "pretende
aproximar a ciência, a tecnologia e a inovação à sociedade, nomeadamente em
regiões fronteiriças e de baixa densidade populacional", segundo os
promotores.
Na cerimónia de inauguração
marcaram presença investigadores e personalidades vindos de França, da Itália,
da Alemanha, do Reino Unido e da Holanda. In
“Mundo Português” - Portugal
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