A República Checa oficializou
o pedido para o estatuto de observador associado junto do Secretariado
Executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, justificado pelo
“interesse que o mundo lusófono” desperta no país.
“O pedido de atribuição do
estatuto de observador vem confirmar o interesse pelo mundo lusófono
manifestado pela República Checa na prossecução das actividades desenvolvidas
nos tempos da Checoslováquia”, refere uma nota do governo de Praga enviada à
Lusa através da sua representação diplomática em Lisboa.
A iniciativa do executivo
checo também é justificada pela presença da língua portuguesa em diversas
instituições de ensino neste país da Europa Central.
“O português é ensinado em
cursos de licenciatura e mestrado em três universidades checas e estamos muito
satisfeitos pela presença de centenas de estudantes portugueses na República
Checa e pela posição cada vez mais activa dos nossos empresários no Brasil ou
nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). É para nós uma honra
estar ao lado do mundo lusófono e temos a consciência da sua crescente
importância”, conclui a nota.
O Secretariado Executivo da
CPLP deverá entretanto remeter o pedido para apreciação do Comité de
Concertação Permanente, encaminhando-o de seguida para o Conselho de Ministros,
que recomendará a decisão final a ser tomada pela próxima cimeira de chefes de
Estado e de governo da organização, prevista para Julho em Brasília.
De acordo com os estatutos da
organização, os observadores associados beneficiarão dessa qualidade “a título
permanente e poderão participar, sem direito a voto, nas cimeiras de chefes de
Estado e de governo, bem como no Conselho de Ministros, sendo-lhes facultado o
acesso à correspondente documentação não confidencial, podendo ainda apresentar
comunicações desde que devidamente autorizados”.
São países observadores
associados o Senegal, Ilha Maurícia, Geórgia, Namíbia, Turquia e Japão. Lusa
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