A secretária de Estado dos
Negócios Estrangeiros e da Cooperação portuguesa afirmou hoje que o Uruguai vai
ser observador associado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
no segundo semestre deste ano.
A decisão de se tornar
observador associado da CPLP insere-se numa estratégia "de aproximação aos
países de língua portuguesa" e na vontade de "aproximação do Uruguai
a África".
"O Uruguai será membro
associado da CPLP na próxima cimeira, no segundo semestre, em 2016".
A responsável acrescentou
que vai ser também assinado, sem adiantar uma data, um memorando sobre
cooperação triangular entre Portugal, Uruguai e países lusófonos africanos.
Para reforçar a aproximação
a África e também ao Brasil, o Uruguai quer expandir a língua portuguesa, que
já se fala nas zonas de fronteira, disse.
"Fala-se português nas
zonas de fronteira, onde é a segunda língua", sublinhou, explicando que o
reforço da língua passará pelo recurso a cursos 'online', devidamente certificados.
A secretária de Estado
portuguesa referiu estar em análise com as autoridades uruguaias a realização
de uma semana do Uruguai em Lisboa, no próximo ano, para reforçar o
relacionamento bilateral e trocar experiências em diversas áreas.
A realização da semana de
Portugal no Uruguai inseriu-se numa estratégia de diversificação de parceiros
económicos, depois de identificadas como áreas preferenciais na relação
económica bilateral turismo, água, resíduos, saneamento e infraestruturas,
disse.
Várias empresas portuguesas
participaram nesta semana, na sequência de um trabalho prévio de identificação
das áreas de intervenção, "havendo ecos extraordinariamente
positivos" em relação a este evento, sublinhou Teresa Ribeiro, destacando
a participação da comunidade portuguesa no país sul-americano "muito ativa
e empenhada".
"Há convergências
históricas, culturais e linguísticas que o Uruguai valoriza muito", o que
facilita o relacionamento político e empresarial, afirmou.
Atualmente são observadores
associados da CPLP a Geórgia, Maurícia, Japão, Namíbia, Senegal e Turquia.
A CPLP integra Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Cabe ao Brasil, que ocupa a
presidência 'pro tempore' da organização lusófona, indicar a data e o local da
próxima cimeira de chefes de Estado e de governo. UE-CPLP
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