Cerca
de 700 produtos alimentares de sete países de língua portuguesa integram o
centro de exposição dedicado ao universo lusófono que abriu portas ontem por
iniciativa do IPIM
O Centro de Exposição dos
Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa em Macau foi ontem
inaugurado, 31 de Março de 2016, para fomentar as oportunidades de negócios
para as empresas do universo lusófono. O centro vai abrir oficialmente com
cerca de 700 produtos alimentares vindos de Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste, incluindo alimentos naturais,
petiscos, alimentos enlatados, café e bebidas alcoólicas, entre outros, refere
um comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau
(IPIM).
“Com vista a desempenhar a função
de plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China
e os Países de Língua Portuguesa”, o centro é composto por dois andares com uma
área de cerca 390 metros quadrados.
A inauguração do espaço, no
centro comercial da Praça do Tap Seac (conhecido como Casa de Vidro) segue-se
ao lançamento, a 1 de Abril de 2015, do Portal para a Cooperação na Área
Económica, Comercial e de Recursos Humanos entre a China e os Países de Língua
Portuguesa
Organizado pelo Ministério do
Comércio da China e pela Secretaria para a Economia e Finanças do Governo de
Macau, e coordenado pelo IPIM, o portal é composto por uma base de dados de
quadros e serviços profissionais bilingues (chinês-português), base de dados
dos produtos alimentares dos países de língua portuguesa, informação sobre
convenções e exposições, informação económica e comercial e legislação dos
vários países.
Já em Janeiro deste ano, o
gabinete de ligação do IPIM instalou em Fuzhou, na China continental, “a
primeira zona de exposição de produtos alimentares dos países de língua
portuguesa”.
“A par disso, o IPIM irá
analisar a viabilidade de instalação da ‘Zona de Exposição dos Produtos
Alimentares dos Países de Língua Portuguesa’ nos seus gabinetes de ligação em
Shenyang, Hangzhou, Chengdu, Guangzhou e Wuhan”, refere o comunicado.
Empresários optimistas
Noutra nota, o IPIM sublinha
que o centro conta com “uma grande participação de clientes e comerciantes” na
área dos negócios sino-portugueses. A companhia F. Rodrigues (Suc-Res) Lda. é
uma das que vai expor os seus produtos no Centro, incluindo alimentos como
sardinha, bacalhau e atum, além de azeite e vários tipos de vinho. O
gerente-geral da companhia, Humberto Leitão Rodrigues, disse ter “grandes
esperanças na utilização do centro” como meio de promoção dos produtos
alimentares lusófonos, “o que pode dar a conhecer a mais pessoas a gastronomia
lusófona e levar amais trocas comerciais com o interior da China”.
O presidente da Comissão Executiva
da Associação Comercial Internacional de Empresários Lusófonos, Eduardo
Ambrósio, também acredita que o centro vai oferecer mais uma plataforma para a
promoção dos produtos alimentares dos países de língua portuguesa, depositando,
por isso, as suas esperanças nesta iniciativa, para “ajudar os mercados
lusófonos a entrar na China”.
Além de produtos facilmente
relacionados com os países lusófonos, como o vinho ou azeite, o centro vai albergar
alimentos para bebés. Para Latonya Leong, directora executiva da empresa “Kid’s
Shopping Centre”, “todos os produtos alimentares para bebés [oriundos] dos
países de língua portuguesa cumprem as normas da União Europeia, pelo que são
muito seguros e cómodos”. Além disso, os seus preços “não são altos e há boas vendas
em Macau”. In “Jornal Tribuna de Macau”
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