Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Macau - Produtos lusófonos com casa própria

Cerca de 700 produtos alimentares de sete países de língua portuguesa integram o centro de exposição dedicado ao universo lusófono que abriu portas ontem por iniciativa do IPIM


O Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa em Macau foi ontem inaugurado, 31 de Março de 2016, para fomentar as oportunidades de negócios para as empresas do universo lusófono. O centro vai abrir oficialmente com cerca de 700 produtos alimentares vindos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste, incluindo alimentos naturais, petiscos, alimentos enlatados, café e bebidas alcoólicas, entre outros, refere um comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

“Com vista a desempenhar a função de plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, o centro é composto por dois andares com uma área de cerca 390 metros quadrados.

A inauguração do espaço, no centro comercial da Praça do Tap Seac (conhecido como Casa de Vidro) segue-se ao lançamento, a 1 de Abril de 2015, do Portal para a Cooperação na Área Económica, Comercial e de Recursos Humanos entre a China e os Países de Língua Portuguesa


Organizado pelo Ministério do Comércio da China e pela Secretaria para a Economia e Finanças do Governo de Macau, e coordenado pelo IPIM, o portal é composto por uma base de dados de quadros e serviços profissionais bilingues (chinês-português), base de dados dos produtos alimentares dos países de língua portuguesa, informação sobre convenções e exposições, informação económica e comercial e legislação dos vários países.

Já em Janeiro deste ano, o gabinete de ligação do IPIM instalou em Fuzhou, na China continental, “a primeira zona de exposição de produtos alimentares dos países de língua portuguesa”.

“A par disso, o IPIM irá analisar a viabilidade de instalação da ‘Zona de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa’ nos seus gabinetes de ligação em Shenyang, Hangzhou, Chengdu, Guangzhou e Wuhan”, refere o comunicado.

Empresários optimistas

Noutra nota, o IPIM sublinha que o centro conta com “uma grande participação de clientes e comerciantes” na área dos negócios sino-portugueses. A companhia F. Rodrigues (Suc-Res) Lda. é uma das que vai expor os seus produtos no Centro, incluindo alimentos como sardinha, bacalhau e atum, além de azeite e vários tipos de vinho. O gerente-geral da companhia, Humberto Leitão Rodrigues, disse ter “grandes esperanças na utilização do centro” como meio de promoção dos produtos alimentares lusófonos, “o que pode dar a conhecer a mais pessoas a gastronomia lusófona e levar amais trocas comerciais com o interior da China”.

O presidente da Comissão Executiva da Associação Comercial Internacional de Empresários Lusófonos, Eduardo Ambrósio, também acredita que o centro vai oferecer mais uma plataforma para a promoção dos produtos alimentares dos países de língua portuguesa, depositando, por isso, as suas esperanças nesta iniciativa, para “ajudar os mercados lusófonos a entrar na China”.

Além de produtos facilmente relacionados com os países lusófonos, como o vinho ou azeite, o centro vai albergar alimentos para bebés. Para Latonya Leong, directora executiva da empresa “Kid’s Shopping Centre”, “todos os produtos alimentares para bebés [oriundos] dos países de língua portuguesa cumprem as normas da União Europeia, pelo que são muito seguros e cómodos”. Além disso, os seus preços “não são altos e há boas vendas em Macau”. In “Jornal Tribuna de Macau”

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