A amêndoa da castanha de caju
processada nas indústrias da província de Nampula já responde aos padrões de
qualidade exigidos pelo mercado internacional, o que resulta essencialmente dos
investimentos realizados recentemente para complementar a cadeia de valores do
produto.
A Condor Nats, que tem uma
unidade de processamento no posto administrativo de Anchilo é exemplo da
conquista do mercado internacional da amêndoa da castanha, em virtude da
elevação da qualidade do seu produto final.
Américo Matos, gerente da
referida indústria, disse ao “Notícias” que os Estados Unidos da América, a
Holanda, Noruega e alguns países do Médio Oriente têm vindo a elevar as suas
importações de castanha moçambicana.
“O aumento das exportações
deve-se fundamentalmente à elevação contínua da qualidade da castanha nas
componentes de tamanho e cor. Para o efeito, adquirimos equipamentos através do
Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDD), nomeadamente seleccionadoras por cores,
calibradores de castanha e de amêndoa além de despeliculadores”, disse Matos.
A aquisição dos equipamentos
elevou não só a qualidade da amêndoa, como também a eficiência no processamento
do mesmo sem necessidade de redução de mão-de-obra.
A Condor Nats emprega cerca de
dois mil trabalhadores que se ocupam, maioritalmente, pela selecção e
despeliculagem.
Neste momento, a Condor Nats
tem capacidade de processamento de cerca de seis mil toneladas de castanha por
ano.
Matos precisou que a sua
indústria está a receber, nos últimos tempos, pedidos no fornecimento de
desperdícios de amêndoa da castanha de caju que constitui matéria-prima para as
indústrias de chocolates, panificação, entre outras do ramo alimentar. A
maioria dos pedidos provém dos EUA e da Europa.
A fonte escusou-se a falar dos
lucros que a sua empresa tem estado a captar com o aumento das encomendas de
amêndoa e subprodutos, mas referiu que “a nossa amêndoa é comercializada ao
preço do topo nas principais praças internacionais”.
O Presidente do Conselho de
Administração do FDA, Eusébio Tumuitikile, que visitou a Condor Nat, instou os
industriais do caju a seguir o exemplo desta empresa que aproveitou as
oportunidades que a sua instituição proporcionou, para completar a
industrialização da castanha e acrescentar valor ao produto final.
A província de Nampula, para
além de ser a maior produtora nacional da castanha, com uma média anual de 40
mil toneladas, detém mais de metade das 14 unidades industriais que operam no
país. Carlos Tembe – Moçambique in “Jornal
de Notícias”
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