Empresários nacionais
continuam a demonstrar falta de conhecimento das oportunidades de financiamento
disponíveis para alavancar os seus negócios no âmbito da implementação do Fundo
Empresarial da Cooperação Portuguesa (FECOP).
O Instituto para a Promoção
das Pequenas e Médias Empresas (IPEME), entidade encarregue pela assistência
aos empresários para o acesso a este financiamento considera que em 2015, dos
11 projectos submetidos apenas três foram aprovados.
Falando durante um seminário
de divulgação dos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro do FECOP,
Madina Ismael, quadro do IPEME pediu aos empresários moçambicanos, sobretudo os
das Micro, Pequenas e Médias Empresas para que adiram à iniciativa tendo em
conta as vantagens financeiras que este mecanismo apresenta.
Madina justificou que das 11
propostas de financiamento apresentadas em 2015, grande parte não foram
aprovadas porque não satisfaziam os requisitos exigidos.
A fonte precisou que muitos
empresários demonstram fraco domínio na elaboração de projectos, deficiente
capacidade de preenchimento de fichas para além de ausência de garantias
necessárias para o efeito.
Para o representante da
Associação Moçambicana de Bancos, Oldemiro Belchior, explicou que o FECOP assegura
que a nível intermédio as Micro, Pequenas e Médias Empresas possam ter um
instrumento que as dê capacidade de intervenção nas áreas da indústria,
serviços, agricultura e hotelaria.
Explicou igualmente que a
mesma iniciativa tem dois níveis de cobertura: a primeira é a da possibilidade
de ter uma percentagem de cobertura até 80 por cento para as Pequenas e Médias
Empresas e a segunda vai até aos 100 por cento para as Micro-Empresas.
Orçado em cerca de 434 milhões
de meticais o FECOP constitui um importante instrumento para o apoio ao
desenvolvimento empresarial virado para as Micro, Pequenas e Médias Empresas.
Três bancos estão envolvidos na operacionalização do fundo, nomeadamente, o
Banco Internacional de Moçambique, Banco Comercial e de Investimentos, Moza e
Banco Único.
Luísa Diogo, na qualidade de
presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Câmara de Comércio de Moçambique
manifestou-se convicta no sucesso do FECOP. “Esta é uma linha que trás uma
experiência de sucesso. Um país para se desenvolver tem de ter empreendedores e
os mesmos precisam ter um suporte financeiro para o efeito, daí vemos a
importância do surgimento deste fundo”, sublinhou a antiga Primeira-Ministra.
Diogo destacou ainda que cada
iniciativa de um empreendedor gera uma mudança na sua vida e na sua condição,
pelo que um milhão de mudanças podem provocar outras mudanças dentro de um
país.
Refira-se que o encontro da
última segunda-feira foi o primeiro de uma série de três que deverão ser
realizados em Maputo, Beira e Nampula, com vista a divulgação do FECOP. O
evento foi co-organizado pela Câmara de Comércio de Moçambique e o IPEME e
tinha como objectivo principal tornar mais acessível a informação sobre aquela
fonte de financiamento e incentivar a participação de mais empresas na procura
de acesso efectivo aos fundos. In “Jornal de Notícias” - Moçambique
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