Anúncio
foi feito por executivos da Autoridade do Canal do Panamá (ACP)
Panamá poderá assumir a
construção do terceiro conjunto de eclusas do Canal, no caso de o consórcio
responsável pela obra desistir por problemas financeiros. O anúncio foi feito
por executivos da Autoridade do Canal do Panamá (ACP).
“Se o contratante não
terminar o trabalho (que tem um avanço de 96%), esperemos que não, a ACP irá
assumir o trabalho restante”, destacou o responsável pelo projeto de expansão
do Canal do Panamá, Ilia Hawthorn Marotta.
O executivo acrescentou que
o consórcio Grupo Unidos pelo Canal (Gupc), composto pelas empresas Sacyr
Vallehermoso, da Espanha, Impregilio, da Itália, e Jan De Nul, da Bélgica,
solicitou à ACP uma “ajuda financeira”. O pedido foi de US$ 40 milhões para
selar vazamentos.
A aparição de fissuras em
uma das paredes da nova eclusa de embarque do Pacífico, no meio do ano passado,
obrigou o Gupc a fazer um reforço na estrutura, trabalho que deve terminar
neste mês.
“É como uma espécie de
empréstimo, mas o ACP é incapaz de fazer empréstimos. Sabemos que os reparos
estão custando entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões para um consórcio, mas que
é um problema a ser resolvido internamente”, destacou o executivo.
Hawthorn reiterou que o
plano dos primeiros testes de navegação nos novos bloqueios deve ser
concretizado em abril próximo. No entanto, ainda não há data de abertura
definitiva do empreendimento. A estimativa é de que a via, por onde passam
cerca de 6% das mercadorias transportadas pelo mundo, seja inaugurada no
segundo trimestre.
O administrador da ACP,
Jorge Luis Quijano, disse que até o final de janeiro ficará “mais claro” quando
a obra, que tem mais de um ano de atraso, poderá ser inaugurada. O serviço foi
marcado por disputas entre os países das empresas que realizam as obras e
greves trabalhistas.
O consórcio, por sua vez,
anunciou que o trabalho poderá atrasar mais seis meses. O motivo é o não
pagamento de faturas no prazo. Quijano negou o grupo empresarial e destacou que
as faturas são pagas 30 dias após a apresentação.
O consórcio começou, em
janeiro, o processo de testes de portas eletromecânicos e, em agosto, foram
verificadas fissuras por onde a água escoou.
Os trabalhos de reparação
devem ser concluídos no próximo dia 15 e os testes deverão ser reiniciados,
conforme o programa previsto. In “A Tribuna” - Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário