O Porto de Paranaguá fechou
2015 com o maior volume em exportações da história, com 30,3 milhões de
toneladas embarcadas, 8,8% a mais que em 2014. O resultado reflete a
resistência do agronegócio do Estado do Paraná diante da crise econômica
brasileira, o aumento dos investimentos no porto e da agilidade na movimentação
de cargas.
A soja foi o produto mais
movimentado em Paranaguá em 2015, com 8,5 milhões de toneladas exportadas – um
recorde no porto paranaense, que tinha como melhor marca as 7,7 milhões de
toneladas movimentadas do grão em 2013.
O farelo de soja também
ganhou espaço e chegou a 5,4 milhões de toneladas embarcadas, outro recorde.
Com isso o chamado “complexo soja” teve 9,8% de aumento nas exportações por
Paranaguá.
As carnes congeladas também
registraram aumento e recorde: 1,9 milhão de toneladas exportadas, crescimento
de 14% em relação ao total movimentado em 2014. O desempenho também elevou o
Porto de Paranaguá ao posto de líder na exportação de carne de frango.
Os números também mostram a
força do agronegócio paranaense. Segundo a Organização das Cooperativas do
Estado do Paraná (Ocepar), as cooperativas fecharam 2015 com exportações de US$
2,4 bilhões, o que representa uma alta de 4% em relação ao ano anterior. Já a
receita delas teve crescimento de 12%, chegando a R$ 49 bilhões.
Nos últimos cinco anos,
foram registrados recordes na operação de quase todos os produtos movimentados
pelo Porto de Paranaguá, o que dinamizou e impulsionou a economia do Estado.
“O País enfrenta um momento
complicado, mas o agronegócio do Paraná continua fazendo seu papel e imprimindo
excelentes resultados. Com os diversos investimentos feitos no porto,
conseguimos corresponder aos anseios do produtor”, afirma o secretário de
Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
PRODUTIVIDADE - Os recordes
foram alcançados mesmo com um volume de chuvas 44% superior em relação ao ano
anterior e com a paralisação parcial de alguns berços para a troca de
equipamentos.
“Isto evidencia o ganho em
produtividade que tivemos. Conseguimos trabalhar mais e melhor, mesmo com estes
empecilhos. O resultado é fruto dos mais de R$ 511 milhões investidos nos
portos do Paraná ao longo dos últimos anos”, afirma o diretor-presidente da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique
Dividino.
De março a dezembro do ano
passado, foram montados, erguidos e entraram em funcionamento quatro novos
shiploaders – equipamentos usados para carregar os navios no Corredor de
Exportação.
Os equipamentos conseguem
carregar com 33% mais agilidade que os antigos, aumentando a velocidade de
embarque de 1,5 mil toneladas por hora para 2 mil toneladas por hora. O
investimento foi de R$ 59 milhões.
Além da montagem e
substituição dos guindastes, foram feitas reformas dos berços de atracação do
Corredor de Exportação. Mesmo assim, o impacto nas operações foi mínimo.
Os demais produtos com
grande movimentação no porto foram o milho, com 4,12 milhões de toneladas
escoadas, e o açúcar, com 4,33 milhões de toneladas. Outros produtos que
tiveram significativas altas na exportação foram os derivados de petróleo, com
906 mil toneladas movimentadas e alta de 20%, e madeira, com 682 mil toneladas
exportadas e 13,4% de crescimento. In “APPA” - Brasil
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