Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Macau - Empresários solicitam acesso fácil a Fundo do Fórum

Considerando que a taxa de participação de empresas locais nos investimentos entre a China e os mercados lusófonos não é elevada, um estudo feito pelo Instituto de Investigação do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau sugere que as companhias da RAEM deveriam beneficiar de mais facilidades de acesso ao Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa

Um estudo promovido pelo Instituto de Investigação do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau concluiu que o Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa deve reforçar o seu poder, baixando o nível de exigências para abranger um maior volume de empresas.

Durante a divulgação dos resultados, Xu Yingming, investigador do Instituto de Investigação do Ministério de Comércio, sugeriu que o Fundo, além de apoiar as companhias que investem nos países lusófonos, deve facilitar o acesso às pequenas e médias empresas (PME) do território.

No seu discurso, o responsável da Comissão das Políticas da Associação Comercial, Frederico Ma, referiu que o sector “não tem uma taxa de participação elevada” no projecto de Cooperação para o Desenvolvimento, justificando a realização do estudo como forma de promoção de oportunidades de colaboração, além de impulsionar o desenvolvimento das trocas comerciais entre a China e os países lusófonos. O ponto mais importante é, porém, que as empresas da RAEM sejam beneficiadas por essa cooperação, destacou.

O Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento foi lançado pelo Governo Central na 3ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação entre a China e os Países Lusófonos, funcionando como um mecanismo de investimento e financiamento próprio do Fórum Macau. O valor inicial do Fundo cifrou-se em mil milhões de dólares americanos.

Por outro lado, Frederico Ma indicou que o Governo Central definiu as águas marítimas sob jurisdição da RAEM, o que possibilita o desenvolvimento da economia marítima. Assim, Macau poderá reforçar a cooperação com o Interior da China e Portugal.

O estudo propõe ainda que o Governo aumente o número de vagas para bolsas de estudo que permitam aos jovens ir para Portugal, fomentando assim a formação de quadros bilingues.

A investigação, apresentada por Xu Yingming, do Instituto de Investigação do Ministério de Comércio, implicou visitas a diferentes pontos do mundo. O grupo de estudiosos deslocou-se a Pequim, à Província de Jiangsu, Guangdong, serviços públicos da RAEM e empresas locais, incluindo uma companhia criada por Susana Chou, antiga presidente da Assembleia Legislativa da RAEM.

Além disso, a investigação também foi desenvolvida na Guiné-Bissau e em Portugal. Xu Yingming referiu ainda que, para o estudo, foi utilizada a base de dados do Ministério do Comércio como referência. Viviana Chan – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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