A Central de Energia das Ondas
do Pico, foi construída entre 1996 e 1999 como um projeto piloto de energia das
ondas, financiado por programas de investigação e inovação da Comissão Europeia
(Projetos JOULE1), mas também por financiamento nacional (Programa Energia) e
pelas empresas EDP e Electricidade dos Açores (EDA). O projeto foi coordenado
pelo Instituto Superior Técnico com cinco parceiros portugueses, a EDP e EDA
(ambos donos da obra), as empresas Efacec (energia) e Profabril (projeto e
engenharia), o INETI (atual Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia) e
dois parceiros estrangeiros, a Queen’s University of Belfast (Reino Unido) e a
University College Cork (Irlanda). A Central do Pico foi o primeiro projeto de
investigação e demonstração na área da energia das ondas financiado pela
Comissão Europeia.
Ao longo da última década, a
central foi um importante centro de teste europeu para tecnologias de energia
das ondas à escala real. Proporcionou investigação científica sobre o
aproveitamento de um recurso renovável com um grande potencial, mas cuja
tecnologia está em fase de desenvolvimento e demonstração. Promoveu ações de
formação, inovação e demonstração, acolheu equipas de investigadores de renome
internacional, contribui para o desenvolvimento e divulgação deste tipo de
tecnologia.
Sabia que?
Estiveram envolvidas 12
empresas na construção, manutenção e operação da central.
A central participou em 14
projetos de I&D nacionais e europeus.
50 centros de I&D e
empresas estiveram envolvidas nos projetos de I&D.
Foram publicados 100 teses e
artigos sobre a central.
A central produziu 140 MWh.
Foi faturado à EDA 36 MIL €,
montante total pela produção de energia elétrica.
O WavEC, ao longo dos últimos
anos, procurou desenvolver uma visão de futuro para a Central Piloto Europeia de
Energia das Ondas do Pico como infraestrutura de demonstração e testes integrada
em redes multinacionais de investigação. Procurou também promover a Central
como um elemento dinamizador de lazer científico que, articulado com outros
pontos de interesse na região, poderia ser promovido na ilha do Pico.
No entanto, esta visão de futuro
implicaria uma recuperação da parte submersa da estrutura de betão, que ao
longo dos anos foi revelando danos estruturais progressivos, em resultado principalmente
de uma má execução da obra de construção civil em 1995. De facto, desde o
início, a estrutura apresentou orifícios resultantes do não preenchimento
completo da cofragem pelo betão, os quais foram sendo alargados pela ação
continuada das ondas. A reparação significativa da parte submersa da sua
estrutura, na ordem de um milhão de euros esteve fora do alcance do WavEC.
Nos últimos 4 a 5 anos o WavEC
manteve a expetativa de identificar um mecanismo de financiamento e uma parceria
público-privada para executar esta obra e deste modo alargar significativamente
o tempo de vida da Central. Contudo, tal não se verificou, e a Direção do WavEC,
consciente de que a central já cumprira os seus objetivos como projeto piloto
de demonstração e temendo o colapso da estrutura, decidiu desativar a Central. In “WavEC”
- Portugal
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