Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Açores – A história da Central de Energia das Ondas do Pico

A Central de Energia das Ondas do Pico, foi construída entre 1996 e 1999 como um projeto piloto de energia das ondas, financiado por programas de investigação e inovação da Comissão Europeia (Projetos JOULE1), mas também por financiamento nacional (Programa Energia) e pelas empresas EDP e Electricidade dos Açores (EDA). O projeto foi coordenado pelo Instituto Superior Técnico com cinco parceiros portugueses, a EDP e EDA (ambos donos da obra), as empresas Efacec (energia) e Profabril (projeto e engenharia), o INETI (atual Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia) e dois parceiros estrangeiros, a Queen’s University of Belfast (Reino Unido) e a University College Cork (Irlanda). A Central do Pico foi o primeiro projeto de investigação e demonstração na área da energia das ondas financiado pela Comissão Europeia.

Ao longo da última década, a central foi um importante centro de teste europeu para tecnologias de energia das ondas à escala real. Proporcionou investigação científica sobre o aproveitamento de um recurso renovável com um grande potencial, mas cuja tecnologia está em fase de desenvolvimento e demonstração. Promoveu ações de formação, inovação e demonstração, acolheu equipas de investigadores de renome internacional, contribui para o desenvolvimento e divulgação deste tipo de tecnologia.



Sabia que?
Estiveram envolvidas 12 empresas na construção, manutenção e operação da central.
A central participou em 14 projetos de I&D nacionais e europeus.
50 centros de I&D e empresas estiveram envolvidas nos projetos de I&D.
Foram publicados 100 teses e artigos sobre a central.
A central produziu 140 MWh.
Foi faturado à EDA 36 MIL €, montante total pela produção de energia elétrica.

O WavEC, ao longo dos últimos anos, procurou desenvolver uma visão de futuro para a Central Piloto Europeia de Energia das Ondas do Pico como infraestrutura de demonstração e testes integrada em redes multinacionais de investigação. Procurou também promover a Central como um elemento dinamizador de lazer científico que, articulado com outros pontos de interesse na região, poderia ser promovido na ilha do Pico.

No entanto, esta visão de futuro implicaria uma recuperação da parte submersa da estrutura de betão, que ao longo dos anos foi revelando danos estruturais progressivos, em resultado principalmente de uma má execução da obra de construção civil em 1995. De facto, desde o início, a estrutura apresentou orifícios resultantes do não preenchimento completo da cofragem pelo betão, os quais foram sendo alargados pela ação continuada das ondas. A reparação significativa da parte submersa da sua estrutura, na ordem de um milhão de euros esteve fora do alcance do WavEC.

Nos últimos 4 a 5 anos o WavEC manteve a expetativa de identificar um mecanismo de financiamento e uma parceria público-privada para executar esta obra e deste modo alargar significativamente o tempo de vida da Central. Contudo, tal não se verificou, e a Direção do WavEC, consciente de que a central já cumprira os seus objetivos como projeto piloto de demonstração e temendo o colapso da estrutura, decidiu desativar a Central. In “WavEC” - Portugal

Leia os pormenores aqui.

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