As obras dos artistas Carlos
Farinha e Rui Serra valeram a Portugal ser dos poucos países representados na
edição deste ano do Art Beijing, uma das mais concorridas feiras de arte
organizadas na China, que terminou na passada quarta-feira, 02 de Maio de 2018.
A Arte Periférica, galeria localizada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa,
levou as obras de ambos os artistas a convite da embaixada portuguesa na China,
depois de, em 2017, ter organizado, em parceria com a Fundação Oriente, uma
exposição no Minsheng Art Museum, também em Pequim.
“O consumo de arte pelos
chineses tem crescido muito e sinto que a maior parte dos grandes compradores
compram os chamados activos financeiros”, explicou à agência Lusa Anabela
Antunes, co-fundadora da galeria. No ano passado, este país asiático foi o
segundo maior mercado de arte do mundo, apenas superado pelos Estados Unidos.
Segundo um estudo da Art Basel e da UBS Global Art Market Report, a China
contabilizou 21% dos 63 mil milhões de dólares em negócios de arte em todo o
mundo.
Lançado em 2006, o Art Beijing
assume-se sobretudo como uma montra para a arte produzida na China. Holanda,
México, Espanha e Reino Unido foram os outros países presentes no evento que,
no ano passado, atraiu 160 expositores e 100.000 visitantes. O pintor português
Carlos Farinha, que se define como “um contador de histórias”, expôs dez obras,
inspiradas na sua última viagem à China, como são exemplo os quadros
“Experiência gastronómica”, “Líder” ou “Wechat”.
O referido estudo sobre o
mercado da arte indica que a subida da procura chinesa se deve ao aumento no
número de bilionários no país, de 221, em 2016, para 580, no ano passado.
Segunda maior economia mundial, a China é o país mais populoso do planeta, com
cerca de 1.400 milhões de habitantes. Por isso, quando questionada se há na
China mercado para a arte portuguesa, Anabela Antunes respondeu assim: “Acho
que sim. Eles são muitos”. In “Ponto Final” - Macau
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