O
presidente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores da Educação, Cultura,
Desportos e Comunicação Social de Angola (FSTECDCSA), José Joaquim Laurindo,
disse em Benguela que 181 mil trabalhadores da Educação em todo o país vão
beneficiar, de forma gradual, do processo de actualização de categorias, com a
implementação do novo Estatuto da Carreira Docente
José Joaquim Laurindo afirmou
que a medida veio responder a uma das exigências do caderno reivindicativo
sobre a revisão da situação remuneratória no sector da educação.
"Como Federação dos
Sindicatos dos Trabalhadores da Educação, Cultura, Desportos e Comunicação
Social de Angola estamos satisfeitos porque perseguimos esse objectivo desde o
ano passado junto do Governo", realçou, tendo sublinhando o árduo trabalho
dos sindicatos na correcção e revisão do estatuto do agente da Educação.
Referiu que o Sindicato
Nacional dos Professores e Trabalhadores do Ensino Não Universitário
(SINPTENU), bem como o Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF), concordam
com o princípio do gradualismo na implementação do estatuto, atendendo às
dificuldades financeiras que o país atravessa.
"Somos trabalhadores com
necessidades várias, mas conhecemos as dificuldades do país em que
vivemos", reiterou, concordando que, no quadro desse gradualismo, a
prioridade venha a recair nos professores do ensino primário cujos salários
estão entre os mais baixos.
José Joaquim Laurindo, citado
pela Angop, admitiu que o Estatuto da Carreira Docente poderá confortar a
situação daqueles professores que, apesar de nos últimos seis anos terem
progredido no perfil académico e profissional, ainda não transitaram nas
categorias correspondentes.
Entretanto, o presidente do
Sindicato Nacional dos Professores Angolanos (SINPROF), Guilherme Silva, já
tinha afirmado que a aprovação do Estatuto da Carreira Docente vai garantir a
melhoria das condições salariais e de trabalho dos professores.
"Com aprovação do
Estatuto da Carreira Docente vai iniciar o processo de actualização de categorias,
como forma de se valorizar, dignificar e promover o professor angolano que
enfrenta vários problemas", disse ao Novo Jornal Online Guilherme Silva.
O sindicalista espera agora
que o Estatuto da Carreira Docente seja "urgentemente" aprovado no
Diário da República e que o Governo não altera as exigências dos professores.
"Vamos verificar se o
Governo respeitou ou não as nossas exigências que constam no novo Estatuto da
Carreia Docente", acrescentou Guilherme Silva destacando o papel
desempenhado pelos professores durante a última greve.
Segundo ele, com aprovação do
estatuto, as autoridades estarão em condições de actualizar categorias
profissionais de professores, proceder ao pagamento dos suplementos
remuneratórios e a regularização da transição do regime probatório.
"O Sinprof esteve forte e
unido e esteve sempre aberto ao diálogo, entregou as suas contribuições para o
enriquecimento do novo estatuto. Vamos ver no Diário da República se esta lá
tudo cumprido" acrescentou.
O presidente da Associação dos
Professores de Angola (APA), Manuel Inácio Gonga, saudou o Executivo liderado
pelo Presidente, João Lourenço, por ter viabilizado a aprovação do Estatuto da
Carreira Docente.
"Hoje é um dia muito
especial para os professores angolanos", observou Manuel Inácio Gonga
destacando o papel desempenhado pelos sindicatos que pressionar o Governo a
aprovar o estatuto.
De acordo com do presidente da
Associação dos Professores de Angola, o novo estatuto de carreira vai propiciar
a retenção dos agentes de ensino, estabilidade do corpo de professores, bem
como a promoção de uma melhor qualificação do factor humano na educação. In “Novo
Jornal” - Angola
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