Porto Inglês – O coordenador
do projecto Ecovida, Fernando Jorge Anes, disse hoje à Inforpress que quer
implementar, na ilha do Maio, a sua experiência de soluções ecológicas para o
uso da água, com olhos postos no mercado nacional e internacional
Em conversa com a Inforpress,
Fernando Jorge Anes assegurou que em Cabo Verde existe muito “potencial” para
se utilizar a água do Maio, acreditando que para isso seja necessário utilizar
a tecnologia da bioressonância ou bioquântica, que revitaliza a água e que
possibilita o equilíbrio do micro sistema.
Para o responsável, com este
projecto pretende-se apoiar a ilha no plano económico, social e ecológico, e, a
partir disso, inspirar as outras ilhas a seguirem o mesmo caminho, e, quiçá,
alarga-lo a nível internacional.
“Este movimento já conta com
apoio dos investidores internacionais, que vão ajudar na sua divulgação no
exterior e trazer pessoas de outras paragens que estão interessadas em aplicar
esta tecnologia nos seus países e também descobrir o que de bom existe na ilha
do Maio, por forma a ajudar a crescer a economia local”, adiantou.
Segundo aquele especialista,
que vem partilhando a sua experiência com alguns países da Europa e da América,
é preciso criar o circuito fechado da água, a ponto de não ser necessário ir
busca-la em outros pontos, realçando que “este pensamento é transversal a
tudo”.
“Nós temos que deixar a água
fluir, porque água retida é água morta. Por exemplo, quando se faz a
dessalinazação da água do mar retira-se todo o micro-organismo da água, que é
abundante, e que é informação da água. Portanto, há que saber retirar, mas este
pensamento é transversal a tudo, na agricultura, mesmo que não pareça, mas é um
circuito fechado. Com o processo de oxidação e redução das plantas cria-se um
circuito fechado da água e da revitalização”, frisou.
Fernando Jorge Anes avançou
ainda que este projecto vai abarcar tanto a área social, como por exemplo a
saúde, bem como a indústria, em particular a agricultura, a piscicultura ou
aquacultura.
“Em Cabo Verde, ainda temos
uma boa qualidade da água do mar”, disse, defendendo que é preciso garantir
qualidade da água e evitar a perda deste líquido precioso que neste momento,
com o processo da dessalinização, regista-se uma perda a rondar os 30 por cento.
Por seu lado, Arlindo Cardoso,
que também é um dos promotores deste projecto, explicou que esta ideia surgiu a
partir do encontro estratégico para o futuro da ilha do Maio, durante o qual
aquele cientista, que possui três laboratórios em França a trabalhar no
projecto ecológico para água, mostrou interesse em apoiar a ilha neste aspecto,
ajudando a ilha a criar mais postos de trabalho e assegurar mais qualidade de
vida.
“Hoje em dia, fala-se muito do
turismo, mas o que mais se procura é o turismo ecológico e a ecologia está no
centro do homem, porque somos o que consumimos e o que fazemos”, informou.
O projecto Ecovida já tem a
sua representação na ilha e pretendem iniciar as suas actividades o mais
“breve” possível e a começar a produzir os equipamentos, aproveitando os
materiais existentes na ilha, informou Arlindo Cardoso. In “Inforpress”
- Cabo Verde
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