O porto de Sines iniciou a
primeira fase de obras para reforçar a capacidade de movimentação de navios
porta-contentores, previsto no acordo de expansão assinado entre o Estado
português e a concessionária PSA.
Segundo a APS -
Administração do Porto de Sines, os trabalhos decorrerão até ao final do
próximo mês de Setembro e representam um investimento da ordem dos 9,5 milhões
de euros, objecto de concurso público internacional.
"A APS iniciou obras de
regularização dos fundos da bacia do Terminal de Contentores de Sines (TXXI),
com o objectivo de melhorar a segurança e as condições de operacionalidade do
terminal face ao crescente número de navios que o demandam e ao aumento da
dimensão destes, tendo em vista o desenvolvimento futuro", esclarece um
comunicado da administração portuária de Sines.
A draga utilizada é a
"Artemis", com 131,5 metros de comprimento, pertencente ao armador
"Van Oord Ship Management B.V.", com sede na Holanda. A
"Artemis" é irmã gémea da "Athena", utilizada na regularização
de fundos do porto de Sines efectuada em 2011.
Esta draga tem capacidade
para trabalhar até 32,4 metros de profundidade e expelir o material através de
uma conduta de 1.000 mm de diâmetro com auxílio de três bombas de 5.000 KW, uma
das quais submersas, apresentando uma potência máxima de corte instalada de
7.000 KW.
O canal de acesso ao terminal XXI (terminal de contentores) foi alvo de trabalhos de
regularização de fundos em 2011 para cotas de -17,0 / 17,5 m, sendo agora
necessário garantir fundos similares numa área mais alargada da bacia,
permitindo mais fluidez operacional, nomeadamente a rotação de navios e a
segurança do tráfego marítimo.
Em causa está a perspectiva
de entrada em operação a curto prazo dos ‘Super-ULCS (Super Ultra Large
Container Ships)', prevista para 2018, equivalendo a navios com capacidade para
22 mil TEU (medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento).
Nos trabalhos em curso, que
estão abrangidos pelas avaliações de impacte ambiental (AIA) de construção do
Terminal XXI, passam pela regularização de fundos rochosos característicos de
Sines não sujeitos a assoreamento, optou-se pela adopção de técnica por corte
dos afloramentos de rocha, em vez do tradicional desmonte com recurso a
explosivos.
"Esta tecnologia
permite reduzir ao mínimo os impactes da actividade que ficam assim limitados à
zona a intervencionar, não existindo ondas de choque e suspensão de sedimentos
com dispersão destes por uma vasta área", garante o referido comunicado da
APS, em particular em relação a impactes significativos nas praias de São
Torpes. Nuno Silva – Portugal in
"Semanário Económico"
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