Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Guiné-Bissau - Presidente da Assembleia Nacional Popular responsabiliza o Presidente da República por tudo que eventualmente lhe possa acontecer e à sua família

Bissau – O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Domingos Simões Pereira responsabilizou em conferencia de imprensa o Chefe de Estado guineense Umaro Sissoco Embalo por tudo que eventualmente lhe possa acontecer e à sua família, com retirada dos seus elementos de segurança pessoal.


Simões Pereira disse que, na sequência dos acontecimentos do dia 30 de novembro e 01 de dezembro, após o Presidente da República regressar ao país, ordenou a retirada imediata dos elementos da Força de Estabilização da CEDEAO (ECOMIB) que reforçava a sua segurança pessoal na sua residência e agora o corpo nacional que lhe acompanha desde 2014, foram pressionados para abandonarem a sua residência.

Para o efeito, a referida força recebeu um documento intitulado “Guia de Regresso”, no qual foram intimados a apresentar-se nas suas respectivas unidades.

Por isso, Domingos Simões Pereira disse que identificou o acto, como uma clara e deliberada ordem do Presidente da República de atentar à sua segurança e integridade física, sendo o único responsável por tudo que eventualmente lhe possa acontecer e à sua família.

Domingos Simões Pereira lembrou que o artigo sétimo da lei orgânica da ANP,  estabelece que o Presidente do hemiciclo dispõe de dois elementos de segurança pessoal e  duas escoltas motorizadas, frisando que  no artigo 6 da mesma lei afirma que exerce a autoridade sobre todos os funcionários e forças de seguranças ao serviço do parlamento.

Acrescentou que, a lei nº 01/ 2010, nº 2 do Regimento da ANP, diz que é da responsabilidade do governo colocar à disposição da ANP os meios necessários para garantir a tranquilidade e segurança e, no nº 04 do mesmo, declara que estes dispositivos de segurança são dirigidos pelo Presidente do parlamento.

Criticou o facto de continuar a não ter acesso as instalações da sede da ANP e aos funcionários também, o que levou a questionar se a intenção era dissolver o parlamento ou de acabar com o órgão, caso contrário o mínimo que se pode exigir é respeitar as condições previstas na lei, permitindo que o órgão continua a desempenhar as suas funções.

Em relação a recondução do Geraldo Martins nas funções do primeiro-ministro, Simões Pereira disse que a Plataforma de Aliança Inclusiva, PAI Terra Ranka, interpretou não só a Constituição da Republica, assim como as resoluções da Conferencia dos Chefes de Estado e do governo da CEDEAO, como um sinal de abertura, a indigitação de Geraldo para manter a ponte de contacto para  um diálogo que permite encontrar solução para a situação vigente no país.

“Portanto não se trata de legitimar, porque Geraldo Martins é vice-presidente do PAIGC e tem mantido essa Coligação informada de todos os passos, solicitando orientações sobre posições a tomar e foi incumbido para ponte de contacto com o Presidente da República”, sublinhou Domingos Simões Pereira

O político deixou claro que a posição da Coligação é a reposição do governo, conforme os resultados das eleições legislativas de 04 de junho do ano em curso. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau 


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