Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Moçambique - Elefantes a caminho da extinção

Conservacionistas nacionais estimam que nos próximos cinco anos não existirão mais elefantes no nosso país, caso os índices de abate ilegal de animais desta espécie se mantiverem altos, como acontece actualmente.

Um novo alerta foi lançado recentemente, em Maputo, no decurso de uma marcha em protesto contra a matança indiscriminada do elefante e do rinoceronte por caçadores furtivos, no território nacional.

O evento juntou cerca de três mil pessoas, entre representantes de diversas organizações da sociedade civil moçambicana, de instituições académicas, artistas e público em geral, preocupados com a crescente matança destes paquidermes.

Segundo os organizadores da marcha, caçadores furtivos matam, em média, entre quatro a cinco elefantes por dia nas diferentes áreas de conservação criadas no país ou fora destas.

Só no ano passado, estima-se que tenham sido abatidos entre mil e quinhentos a mil e oitocentos elefantes em todo o território nacional.

A informação foi avançada pelo biólogo, Carlos Lopes Pereira, da Agência de Conservação da Fauna Bravia (Wildlife Conservation Society), durante um seminário organizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), dias antes da realização da marcha contra a caça furtiva do elefante e do rinoceronte.

Nos últimos anos, a caça furtiva do elefante em Moçambique assumiu contornos alarmantes e provou ser uma acção do crime organizado, protagonizada por cidadãos nacionais e estrangeiros, tendo como fim último o comércio ilegal do marfim.

O mesmo acontece em relação ao rinoceronte, que não é somente caçado ilegalmente em Moçambique, como também na vizinha África do Sul. E neste país vizinho dezenas de pessoas, alguns dos quais moçambicanos, que se dedicavam à caça furtiva, foram mortos pelas autoridades policiais locais.

O marfim e os cornos de rinocerontes gerados pela caça furtiva em Moçambique têm como principais mercados alguns países asiáticos.

A marcha em protesto contra o abate ilegal de elefantes e rinocerontes no território nacional surgiu no âmbito das celebrações do Dia Mundial do Animal, que se assinala a 4 de Outubro de cada ano.

No mesmo dia, eventos similares tiveram lugar em cerca de 100 cidades do mundo, com o objectivo de alertar aos cidadãos sobre o perigo de extinção do rinoceronte e do elefante africanos, devido à caça furtiva. In “Realmoz” - Moçambique

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