Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Meia-lecas


            A situação absurda que os cidadãos contemplaram esta semana com origem na ilha de Chipre, fez-me recordar um termo utilizado pela minha avó, uma senhora nascida no séc. XIX em Campo de Ourique, Lisboa, essa palavra era meia-lecas!

            Em pleno séc. XXI a europa está cheia de meia-lecas, ocupando lugares políticos de muita responsabilidade, mas sem aptidões para os exercerem. Os meia-lecas desenvolveram-se no pós-guerra, aproveitando-se do cansaço de uma geração que sofreu uma guerra mundial com grandes efeitos destruidores.

            Em Portugal os meia-lecas reproduziram-se como cogumelos após o 25 de Abril, aproveitando-se dos mais aptos que procuraram no estrangeiro melhores formas de vida aplicando os conhecimentos que adquiriram, os meia-lecas têm ocupado cargos políticos, vivendo normalmente daquilo que o Estado lhes oferece, mas sempre críticos para esse Estado que os alimenta.

            O resultado está à vista, enquanto o país definha, estão como peixes na água, aproveitando as benesses que são apenas privilégios de alguns, esses mesmos, os meia-lecas. Baía da Lusofonia

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