A mais recente companhia de
navegação portuguesa, a TSL – Tejo Shipping Lines, que tem dois navios, espera
ampliar a frota num prazo de dois a três anos, se o mercado o permitir, e mesmo
“encomendar novos navios, se possível, na Península Ibérica e preferencialmente
em Portugal”, segundo fonte da empresa.
Constituída em 20 de Janeiro,
conforme já demos conta neste jornal, a empresa tem 51% de capital nacional (da
Arkon Shipping Portugal, resultante de um investimento da alemã Arkon, um
broker exclusivo de uma cooperativa de armadores e que explora comercialmente
navios) e 49% de capital alemão e português.
Conforme foi publicamente
divulgado e por nós confirmado junto da empresa, a TSL possui dois navios (o
Tejo Belém – antigo Chaves -, adquirido num leilão à massa falida da Naveiro,
construído em 2009, com 2956 toneladas de arqueação, ou gross tonnage, e 4264
toneladas de porte, ou deadwight tonnage, e o Tejo Algés – antigo Parma –
adquirido à Novum, construído em 2001, com 2999 toneladas de porte bruto e 4247
toneladas de peso morto).
Por opção estratégica, segundo
nos foi explicado, a empresa optou por registar os navios no Registo
Internacional de Navios da Madeira (MAR), apesar de “ter sido equacionada a
hipótese de os registar no registo português convencional”. Igualmente por
opção estratégica, a empresa mantém alguma reserva relativamente à
quantificação de objectivos e a algumas medidas que prefere não divulgar por
agora.
A empresa, actualmente com
quatro pessoas, mantém um contrato de management com a Bensaúde (faz a gestão
técnica dos navios) que por sua vez tem um contrato de tripulação com a
Promarinha (faz a gestão da tripulação), ficando a gestão comercial a cargo da
Arkon Shipping Portugal. A tripulação é toda portuguesa, grande parte formada na
Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH).
Vocacionada para o short sea
shipping, ou transporte marítimo de curta distância, a TSL aposta nos mercados
do Mediterrâneo, Norte da Europa e Báltico, Atlântico Norte e Norte de África.
“Os nossos navios andam no trumping, vão para onde a carga vai, não somos uma
companhia de linha”, refere fonte da empresa. E a mercadoria é todo o tipo de
carga seca.
Este projecto foi amadurecido
durante alguns anos, a partir do investimento feito em Portugal pela Arkon em
2012. Foi nesse momento que se pensou em criar uma empresa de short sea
shipping no âmbito da Arkon Portugal, “para eventualmente ocupar o vazio
deixado pela Naveiro”, com objectivo de conquistar o mercado ibérico e o de
expressão portuguesa, refere fonte da empresa.
Entretanto, a companhia de
logística alemã Rhenus Group assumiu parte da Arkon Shipping, na sequência de
um aumento de capital em 40%, dando origem à firma de investimento
Rhenus-Arkon-Shipinvest, refere o World Maritime News. In “Jornal
Economia do Mar” - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário