Amanhã,
23 de Março de 2017, será assinado um protocolo de cooperação entre o Instituto
Camões e o Instituto Politécnico de Macau, no âmbito do Centro Pedagógico e
Científico da Língua Portuguesa, que prevê a criação de canais de comunicação e
a divulgação mútua de actividades. Porém, a vertente mais importante é a
possibilidade de acreditação pelo Camões das acções de formação de Português para
docentes chineses na China Continental, organizadas pelo Centro do IPM. Para
Carlos André, o documento é o “corolário” do trabalho desenvolvido pelo IPM em
prol da Língua Portuguesa
O Camões, Instituto da
Cooperação e da Língua, e o Instituto Politécnico de Macau (IPM) vão assinar amanhã um protocolo de cooperação, que para Carlos André, coordenador do
Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM, traduz a
formalização do reconhecimento do trabalho feito pelo Centro relativamente ao
ensino do Português na China.
Começando por frisar que o
protocolo é um documento formal e “um instrumento excelente”, Carlos André considera
que constitui o “reconhecimento por parte do Camões com tudo quanto isso
significa, da actividade relevante que o IPM desenvolve no que respeita ao ensino
do Português”.
“É muito significativo, porque
se cria aqui o princípio da cooperação que se pretende que fique
verdadeiramente enraizado. Não podemos esquecer que o Instituto Camões é uma instituição
portuguesa com um papel político e o IPM é uma instituição chinesa, e neste sentido
é particularmente relevante”, disse em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.
Segundo explicou, o protocolo
foi tratado no âmbito no Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do
IPM e estabelece vários princípios, como a “permuta de informações permanente”,
pelo que serão criados canais de comunicação entre as instituições. Destaca-se ainda
o princípio da divulgação das actividades, o que significa que o Camões e o
IPOR (participado em 51% pelo Camões), se comprometem a divulgar as actividades
do Centro, que por sua vez terá de fazer o mesmo em relação às duas instituições
portuguesas. Para além disso, o acordo estipula o acesso por parte dos docentes
do Centro a instrumentos online que o
Camões possui.
No entanto, o aspecto mais
importante envolve as acções de formação de Língua Portuguesa que poderão ser
acreditadas. “Se as nossas acções de formação, e aliás somos a única entidade
envolvida em acções de formação na China, estiverem de acordo com os padrões do
Camões, este considera a possibilidade de as confirmar”, revelou Carlos André.
“A possibilidade de certificar
as acções é muito importante para os professores que frequentam as acções. No
total, desde que começámos já ultrapassámos os 800 formandos, por isso é muito
importante para eles”, acrescentou o coordenador do Centro, considerando esta
possibilidade de acreditação e o protocolo como o “corolário de tudo” o que tem
sido feito nos últimos anos.
Carlos André admite que o
“nível de concretização vai depender do momento e das pessoas”, no entanto, mostra-se
confiante no potencial do instrumento. “Vamos ver como evolui, mas estamos
muito empenhados”, afirmou Carlos André, explicando que a partir da assinatura do
protocolo haverá uma reunião entre as duas instituições, representadas por pessoas
indicadas pelas mesmas, durante a qual será definido o plano de actividades.
O documento será
assinado pelos presidentes das duas instituições, amanhã, 23 de Março de 2017, numa
cerimónia a realizar no Consulado Geral de Portugal, no âmbito da visita a
Macau e Hong Kong do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José
Luís Carneiro. Liane Ferreira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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