Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Homenagem aos mártires

Homenagem aos mártires de 26 de Dezembro, os primeiros construtores de paz na Casamansa

26 de Dezembro de 1982, os nossos corajosos pais e mães enfrentaram a fortaleza senegalesa símbolo da governança em Ziguinchor para arrear a bandeira senegalesa e substituí-la por uma bandeira branca da paz. O que se seguiu nós conhecemos. Este não é o momento de derramar inutilmente as nossas lágrimas!

Esta paz tão desejada pela Mãe Casamansa nunca foi efectiva, hoje 31 anos depois. E por idiotia, alguns ainda colocam a questão de saber quem quer ou não a paz em Casamansa?

Eu recordo estas palavras defendidas pelo Pai Diamacoune Senghor:     

"Até que o Senegal se recusar a procurar e a seguir o caminho da paz em Casamansa pelo cumprimento total dos requisitos obrigatórios da justiça e da verdade, o Senegal nunca conhecerá a paz na sua casa, então, a menos que um milagre brilhante, não vemos, não ouvimos uma voz e uma força humana a contrariar ou a persuadir a Casamansa a renunciar a sua luta multisecular pela sua independência nacional, para alistar-se, aprisionar-se, no imperialismo e na escravidão imposta por um Senegal colonialista.

A guerra na Casamansa é um pecado cometido pelo Senegal contra a Justiça porque a Casamansa está no seu direito legítimo.

A guerra na Casamansa é um pecado cometido pelo Senegal contra a Verdade, porque está mentindo quando afirma que a Casamansa lhe pertence, porque o direito da Casamansa à Independência Nacional, direito que o Senegal rejeita, é um direito real, absoluto, inalienável, não negociável, imprescritível.

O Senegal é ladrão e mentiroso. Sathié! Sathié! "

Rendemos um forte tributo de homenagem a todos os nossos mártires que, pelo preço do seu sangue e das suas vidas, acenaram ao mundo a bandeira branca mundo e tornaram-se os primeiros construtores de paz. Viva a Casamansa!

Bintou Diallo - Casamansa

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