Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Sorefame

No primeiro fim-de-semana de 2014 assisti num canal por cabo a um documentário americano que teve a curiosidade de apresentar um comboio, cujas carruagens tinham sido produzidas e posteriormente exportadas pela empresa Sorefame situada na Amadora em Portugal.

Os que hoje anunciam a sete ventos que Portugal tem de ser um país exportador, principalmente de mercadorias de valor acrescentado e de alta tecnologia, foram os mesmos que num passado ainda não muito longínquo, venderam a Sorefame a capitais estrangeiros, que depois da passagem por várias mãos, foi ter a uma empresa concorrente no mercado internacional, que aproveitou o “saldo” para a simplesmente a encerrar, aniquilando uma adversária nos mercados.

A estratégia ainda ia resultando num fabuloso lucro, não fosse a intervenção da autarquia junto das entidades competentes, que não permitiu a venda dos terrenos em local privilegiado, que seria um negócio muito rentável para a empresa estrangeira.

Neste momento assiste-se à destruição do transporte ferroviário em Portugal, com encerramentos de centenas de quilómetros de linhas férreas, continuando com o pensamento que no transporte rodoviário é que está o futuro.

A dependência cada vez maior dos produtos petrolíferos, irá mais cedo do que é espectável, levar ao regresso ao transporte ferroviário e com a falta de empresas nacionais produtoras de material circulante, será no mercado externo que a solução será encontrada, levando a uma maior despesa e uma subordinação ao mercado internacional, tanto em termos de custos, como manutenção e assistência. Baía da Lusofonia


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