A
TAAG vai negociar o fornecimento de novas aeronaves, a partir de 2020, com a
Boeing e a Bombardier, no âmbito do processo de renovação da frota
O Presidente angolano aprovou
o plano de reestruturação e modernização da frota da transportadora aérea
estatal, autorizando o ministro dos Transportes a “celebrar contratos de compra
e venda de aeronaves com as empresas Boeing e Bombardier”, de acordo com o
despacho de 14 de Janeiro, consultado pela “Lusa”.
O despacho autoriza ainda o
ministro dos Transportes a “desencadear os instrumentos para estruturar e
montar a operação de financiamento para a aquisição das aeronaves” e a
“negociar o refinanciamento de duas aeronaves Boeing 777-300 ER”, adquiridas
pela TAAG nos últimos anos.
A medida é justificada pelo
Presidente angolano com a “transformação e modernização” da TAAG, que “é um
elemento fundamental para a consolidação da política do poder executivo para o
sector da aviação civil angolana”, e face à “importância da renovação da frota”
da companhia de bandeira de Angola para a “dinamização da sua política
empresarial e concretização dos seus objectivos estratégicos”.
Recentemente, a administração
da TAAG apontou o objectivo de aquisição, a partir deste ano, de 11 aviões de
médio curso, além de aeronaves de última geração do tipo Boeing 787, para as
rotas de longo curso, no âmbito do programa de modernização da companhia.
A decisão presidencial tem
também como pano de fundo a conclusão das obras de construção do novo aeroporto
de Luanda.
A actual frota da TAAG é
composta por 13 aviões Boeing, três dos quais 777-300 ER, com mais de 290
lugares e que foram recebidos entre 2014 e 2016. A companhia conta ainda com
cinco B777-200, de 235 lugares, e outros cinco B737-700, com capacidade para
120 passageiros, estes utilizados nas ligações domésticas e regionais.
Novo
estatuto prevê privatização parcial
Em Novembro, a “Lusa” noticiou
que a privatização parcial da TAAG prevê a venda de até 10% do capital social a
outras companhias aéreas, nacionais ou estrangeiras, segundo o novo estatuto da
empresa.
O documento, aprovado por
decreto presidencial de 26 de Novembro, assinado pelo Presidente angolano, João
Lourenço, refere que o capital social da TAAG está avaliado em 700 000 milhões
de kwanzas (cerca de 2 000 milhões de euros), representado por 2 000 milhões de
acções ordinárias.
“Serão obrigatoriamente da
titularidade do Estado ou de outras entidades pertencentes ao sector público as
acções representativas de, pelo menos, 51% do capital social em cada momento
existente”, lê-se no estatuto da companhia aérea de bandeira angolana.
Não é ainda permitido
ultrapassar o limite de 10% de acções subscritas exclusivamente por
trabalhadores e reformados do sector dos transportes, e 10% de acções “por uma
ou várias companhias aéreas estrangeiras” como “parceiras tecnológicas”.
Está ainda previsto um
limite de 2% de acções a subscrever por “qualquer entidade privada nacional, e
pública ou privada estrangeira”. In “Transportes &
Negócios” - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário