Cidade da Praia – O presidente
da Assembleia Nacional e próximo presidente em exercício da Assembleia
Parlamentar da CPLP disse que vai propor uma “nova atitude” e uma “viragem” de
acçao para transformar a organização numa comunidade “útil e funcional”.
“O que nós reconhecemos e
temos analisado é que tem faltado alguma dinâmica funcional na Assembleia
Parlamentar da CPLP e em toda a CPLP”, declarou Jorge Santos, indicando que a
presidência de Cabo Verde, seja a nível dos chefes de Estado e seja a nível dos
Parlamentos da CPLP, visa essencialmente “dar consistência e conteúdo” a essa
comunidade.
O presidente do parlamento
falava aos jornalistas no final de um encontro preparatório da VIII Assembleia
Parlamentar da CPLP, que terá lugar na Cidade da Praia dias 10, 11 e 12,
durante a qual o Brasil passará a presidência a Cabo Verde.
O próximo presidente em
exercício promete uma presidência dinâmica, virada para os cidadãos e com
acções legislativas concretas para permitir a livre circulação entre os países
e melhorar outros aspectos para transformar a CPLP numa comunidade funcional e
útil para os cidadãos.
“A temática central da
comunidade é as pessoas e tudo que tem a ver com a sua mobilidade, a sua acção
económica, cultural e social”, considerou a mesma fonte, que precisou que neste
quadro há que construir “acções concretas”.
“Queremos dar conteúdo à
questão da mobilidade para sairmos também do discurso e termos acções
legislativas concretas que permitam a livre circulação de grupos de pessoas”,
ajuntou.
A convergência a nível do
comércio e assuntos relacionados com as questões alfandegárias são outros
aspectos que “merecerão atenção” da presidência cabo-verdiana, já que, conforme
frisou Jorge Santos, questões fiscais e aduaneiras apresentam-se como um dos
elementos que têm “dificultado grandemente” as relações a nível da CPLP.
Jorge Santos adiantou que é
perspectiva da presidência cabo-verdiana também pôr de pé o Secretário
Permanente da Assembleia Parlamentar da CPLP, que terá sede em Luanda (Angola),
e que deverá concentrar nas acções legislativas para facilitar os transportes
tanto aéreos como marítimos a nível dos países.
“Os parlamentos é que dão
conteúdos à comunidade porque sem leis, sem normas e sem dispositivos legais é
impossível. Podemos estar a falar, fazer grandes discursos a fazer grandes
encontros de política, mas esta acção não chega na população. Para chegar à
população é preciso construir esse edifício legal que permita que de facto a
nossa comunidade de língua portuguesa seja uma realidade e uma realidade
funcional e útil para os cidadãos”, sustentou.
Nos dias 10, 11 e 12 os
presidentes dos Parlamentos da CPLP e os deputados estarão na Cidade da Praia
para mais uma sessão da Assembleia Parlamentar, tendo como o lema “Uma
Assembleia virada para os cidadãos”. In
“Inforpress” – Cabo Verde
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