Ministra
da defesa da Itália e representantes do Grupo Fincantieri vieram a Pernambuco
reforçar a disposição em construir as embarcações no Estaleiro Vard Promar, em
Suape
A ministra da Defesa da
Itália, Elisabetta Trenta, está no Recife para reforçar o interesse italiano na
licitação que prevê a construção de quatro corvetas para a Marinha do Brasil. A
ideia é construir os navios por meio do Grupo Fincantieri, que detém o Estaleiro
Vard Promar, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, e foi apresentada ao
governador Paulo Câmara e a representantes da indústria pernambucana em uma
tentativa de angariar parcerias para melhorar o projeto apresentado à Marinha.
Elisabetta veio acompanhada do
embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, e também de executivos do
Grupo Fincantieri. Entre eles, o presidente do grupo Stelio Vaccarezza; a vice
presidente de vendas, Sabrina Sanguineti; e o presidente-executivo do Vard Promar,
Guilherme Coelho. A comitiva visitou o estaleiro no início da manhã desta
quarta-feira (23), depois se reuniu com representantes do setor industrial na
Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e almoçou com o
governador Paulo Câmara, que deu as boas vindas oficiais ao grupo.
“O governo italiano quer
reforçar as parcerias com o Brasil, fortalecendo a indústria naval. E, se
tivermos a colaboração do governo neste projeto, podemos desenvolver novas
capacidades e criar novos postos de trabalho qualificado no setor naval de
Pernambuco”, afirmou a ministra italiana na Fiepe. Ela lembrou que a construção
das corvetas pode gerar até cinco mil empregos diretos e indiretos em torno do
Vard Promar, que, hoje, emprega menos de 200 pessoas.
Presidente do Grupo
Fincantieri, Stelio Vaccarezza explicou que o projeto das corvetas é a atual
prioridade da empresa. Afinal, o projeto garantiria trabalho por oito anos para
o Vard Promar, que hoje faz apenas reparação de navios por conta da falta de
encomendas de novas embarcações. Ele garantiu, por sua vez, que caso as
corvetas não venham para o Estado, não há projeções de encerrar as atividades
do estaleiro pernambucano. “Somos o terceiro maior grupo naval do mundo. E
estamos aqui para ficar”, afirmou, dizendo que outros projetos estão sendo
negociados para o Vard Promar.
Corvetas
O projeto de construção de
quatro corvetas da classe Tamandaré para a Marinha do Brasil foi anunciado no
fim de 2017 e está orçado em US$ 1,6 bilhão. Desde então, está em processo
licitatório. O Grupo Fincantieri e o Vard Promar estão na fase final desse
edital com outros três consórcios. Este é o único grupo, contudo, que pretende
construir as embarcações em Pernambuco. O resultado desse processo está
previsto para o fim de março. Por isso, se ganhar a licitação, o Vard Promar
projeta iniciar a construção das corvetas em meados de 2020, depois de um ano
destinado à elaboração dos projetos da obra. Marina Barbosa – Brasil in “Folha de Pernambuco”
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