SÃO PAULO – Quando se comemora
nesta sexta-feira o 465º aniversário da cidade de São Paulo, o povo paulista
tem muito o que festejar ao verificar o quanto o nosso Estado se desenvolveu
desde aquela primeira missa celebrada pelo padre José de Anchieta (1534-1597)
no então Planalto de Piratininga no dia 25 de janeiro, dia do apóstolo São
Paulo, que deu nome à cidade, no ano de 1554.
Temos a comemorar não só o
desenvolvimento que a capitania e, depois, a província e o Estado
experimentaram durante esses anos como a hospitalidade do nosso povo que sempre
recebeu com espírito fraternal todos os brasileiros que para cá vieram com o
objetivo de fazer as suas vidas, bem como os estrangeiros de todas as partes do
mundo que escolheram São Paulo para viver. Nós, paulistanos e paulistas,
acolhemos todos que ajudaram e ajudam a movimentar o Estado mais importante do
Brasil.
No entanto, neste momento, o
atual governo federal parece que ainda não se deu conta da importância e
dimensão do nosso Estado. E a falta de representantes paulistas na composição
desse governo é a prova inequívoca dessa distorção, ainda mais considerando-se
que aqui o presidente da República recebeu votação significativa.
É inexplicável essa falta de
representação paulista na composição do governo quando sabemos que, sem
bairrismo, aqui encontram-se os melhores e mais bem preparados profissionais
para as mais importantes áreas do governo federal.
Independente da naturalidade
do presidente eleito – que nasceu em Campinas-SP –, o fato é que a composição
de sua equipe de governo está muito aquém das necessidades do País. Com
certeza, a falta de participação de paulistas representa um ponto de
fragilidade da administração que se inicia.
De qualquer modo, embora não
haja esse equilíbrio na composição dos ministérios, esperamos que o Estado, que
é responsável por 36,7% do total da arrecadação de tributos no País, conforme
estudo recente encomendado pela Associação Comercial de São Paulo, não tenha as
verbas a que tem direito retidas pelo governo federal, como já ocorreu em
administrações anteriores.
Em outras palavras: nós,
paulistas, não pretendemos nenhum favor do governo federal e tampouco estamos
pleiteando cargos na sua administração. Apenas exigimos a aplicação do
princípio da equidade na distribuição das verbas, tal como determina a lei
federal. Nada mais. Milton Lourenço –
Brasil
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Milton Lourenço é presidente
da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de
Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e
da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e
Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br
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