O governador da província de
Guangdong, Ma Xingrui, pretende aprofundar uma aliança científica com Macau e
Hong Kong através da construção de laboratórios de tecnologia de ponta
necessárias ao sucesso das indústrias locais. A notícia, publicada pelo “South China Morning Post”, cita um
relatório anual divulgado ontem pelo Governo provincial onde Ma Xingrui
categoriza o projecto como uma “oportunidade de importância histórica” e uma
prioridade para 2019.
A proposta do Governo da
província vizinha surge ao abrigo do projecto de cooperação da Grande Baía e
tem a ambição tornar a região num hub internacional
de inovação e tecnologia. O governador de Guangdong elenca a elevada capacidade
de conectividade de transportes como um dos trunfos logísticos, além de se
basear num conceito algo polémico: a co-localização, que permite o
desenvolvimento de empresas em mais de um país. Para que tal aconteça será
necessário promover processos burocráticos dos serviços de imigração nas
fronteiras mais suaves. Algo que está em funcionamento na estação ferroviária
de Hung Hom em Kowloon, infra-estrutura que motivou polémica desde que foi
anunciada.
Durante o discurso perante o
órgão legislativa de Guangdong, Ma referiu que pretende “abrir e partilhar com
Hong Kong e Macau mais instalações laboratoriais, mecanismos de pesquisa
científica de larga-escala e de tratamento de dados”.
Dores
de crescimento
Em contrapartida, as previsões
de crescimento económico para Guangdong são de abrandamento, em linha com o que
é expectável para a economia chinesa. Ainda assim, a província que é o
principal motor industrial chinês espera um crescimento entre 6 e 6,5 por cento
do Produto Interno Bruto em 2019. A tendência de queda verifica-se desde o ano
passado, quando o crescimento se cifrou nos 6,8 pontos percentuais, valor
abaixo dos 7,5 por cento registados em 2017. Analistas políticos e económicos
apontam a guerra comercial com os Estados Unidos para o abrandamento económico.
In “Hoje Macau” - Macau
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