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de 240 palancas negras gigantes são controladas pelas autoridades angolanas e
"todas estão ameaçadas de extinção", indicou fonte do Ministério do
Ambiente
A informação foi avançada pelo
director nacional da Biodiversidade do Ministério do Ambiente, Nascimento
António, quando fazia a apresentação da "Lista Vermelha" das espécies
de Angola extintas, ameaçadas de extinção, vulneráveis e invasoras, 150 no
total, entre mamíferos, aves, répteis, peixes e plantas.
A lista abrange quatro
categorias, nomeadamente de espécies extintas, ameaçadas de extinção, espécies
vulneráveis (quando a actividade humana ameaça a sua existência no território
nacional) e espécie invasora (quando a espécie não ocorre naturalmente em
Angola ou introduzida numa determinada localidade).
Segundo a "Lista
Vermelha", o Pinguim do Cabo, o Rinoceronte Preto e a Hiena Castanha são
as espécies extintas em Angola, sobretudo devido ao "desequilíbrio ecológico
e as alterações climáticas".
Entre as espécies ameaçadas de
extinção no país, um total de 30, destaca-se a Palanca Negra Gigante - espécie
endémica de Angola -, a Zebra de Montanha, Gorila, Leão, Chimpanzé, Chita,
Papagaio Cinzento, Raposa das Areias, todas devido à "caça furtiva" e
ainda o Tubarão Tigre e o Tubarão Azul.
"A nossa Palanca Negra
Gigante é uma espécie ameaçada de extinção, mas nós temos um projecto da sua
redescoberta que está já a ter bons frutos. Temos uma população de 240 animais
e devemos lutar para conservá-la", disse o responsável.
Em relação às espécies
vulneráveis, "causada pela actividade humana e não só", constam da
"Lista Vermelha" lançada oficialmente pelo Ministério do Ambiente
angolano, o Carapau, Baleia Azul, Crocodilo, Tartaruga Oliva, Avestruz,
Linguado e Mafumeira.
O Carapau é uma espécie que
todos nós gostamos. Devemos controlar esta espécie que todos nós gostamos e
este consumo leva-o a ser vulnerável, daí a existência de uma época de venda,
porque, se a mesma estiver em extinção, o país vai perder uma base de
proteínas", acrescentou Nascimento António.
Entre as espécies invasoras
estão, entre outras, Cacusso, Mamoneira, Prosópis, Erva-de-Touro, Cardo Santo,
Cana-do-Reino.
Para a chefe do departamento
da Gestão da Biodiversidade do Ministério do Ambiente, Albertina Nzuzi, a Lista
Vermelha, elaborada de acordo a Convenção Internacional sobre o Comércio da
Flora e da Fauna Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), é um "instrumento
de alerta" sobre a perda da biodiversidade no país.
"Nas categorias
apresentadas é possível levar avante a luta pela conservação e impedir a
extinção de várias espécies. É ainda um grande avanço para Angola, em
particular para as espécies que precisam de mais atenção", observou.
Albertina Nzuzi salientou
ainda que Angola "está agora em condições" de verificar as espécies e
propor a sua inclusão nos anexos da CITES, bem como elaborar estudos e planos
de gestão específicos para as espécies em causa. In
“Novo Jornal” – Angola com “Lusa”
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