Com o filho nos braços, a
mulher de 35 anos observa ansiosamente o desembarque de sacos de arroz, caixas
de óleo, açúcar e sabão. Quando de repente os seus olhos iluminam-se: o seu marido
conseguiu comida para várias semanas.
Aos 41 anos, este pai pretende
sobreviver com ajuda alimentar para os habitantes de Basséré, aldeia da Casamansa,
totalmente queimada pelo exército senegalês, forçando os aldeões a fugirem da
sua terra natal para refugiarem-se na Guiné-Bissau desde março de 2018.
Em frente à mídia internacional
que assiste à distribuição, dezenas de refugiados com uma calma serena
receberam por cada família, das mãos de representantes da Associação de
Assistência às Vítimas do Conflito em Casamansa, no Canadá, um saco de arroz,
óleo, sabão e açúcar.
Os refugiados enviaram
mensagens de agradecimento à Guiné-Bissau, Canadá, Quebec e à Associação às Vítimas do Conflito em Casamansa.
Numa Casamansa devastada desde
1982 por uma guerra que deixou mais de 15 mil mortos e desaparecidos, 50 mil
refugiados na Gâmbia e na Guiné-Bissau, destruídas as infraestruturas e a
economia arruinada, cerca de 1,5 milhão de pessoas sofrem de insuficiência
alimentar.
A ajuda prestada pela
Assistência às Vítimas do Conflito em Casamansa é um acto saudado pela diáspora
e por todas as populações de Casamansa. Samsidine
Badji – Casamansa
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