Novo – A floresta do Planalto
Leste, situado acima dos mil metros de altitude, na confluência dos três municípios
de Santo Antão, tem sido, “nos últimos anos”, alvo de “uma intensa actividade
eco-turística”, que tem impulsionado o desenvolvimento desta ilha.
Segundo a direcção deste
perímetro florestal, essa zona, onde se situa “uma boa parte” do parque natural
de Cova/Paul/Ribeira da Torre, considerado o maior centro de biodiversidade de
plantas endémicas em Cabo Verde, com 36 espécies, tem sido muito procurado
pelos turistas, sobretudo durante a época alta do turismo em Santo Antão.
Defende, por isso, o reforço
das condições de segurança às pessoas que têm procurado o Planalto Leste “para
desfrutar das belezas naturais” da ilha de Santo Antão.
Aquando o incêndio, em finais
de Julho, que consumiu 200 hectares dessa floresta, o delegado do Ministério da
Agricultura e Ambiente (MAA) em Ribeira Grande de Santo Antão, Orlando Jesus
Delgado, tinha defendido a necessidade de se “garantir as condições de
segurança a todos quantos circulam nos itinerários” desse perímetro florestal.
Uma parte da floresta do
Planalto Leste integrará a candidatura de Santo Antão a património mundial da
agricultura, que já está em preparação no âmbito dos Sistemas Importantes
Agrícolas Património da Humanidade (SIPAM).
O Governo garante que está a
“trabalhar” na criação de condições visando a classificação do Planalto Leste
como património natural da humanidade.
O MAA vai precisar de mais de
30 mil contos para recuperar, nos próximos cinco anos, a floresta do Planalto
Leste, declarada reserva florestal em 1990.
O plano de restauração da
floresta, com 1.600 hectares de extensão, consiste, entre outros aspectos, na
limpeza, replantação, conservação de solos e água, produção de plantas, além da
sensibilização das populações.
No quadro de preparação da
candidatura de Santo Antão a património mundial da agricultura esteve, em
Julho, nesta ilha uma missão integrada pelos ministérios da Agricultura e
Ambiente e dos Negócios Estrangeiros.
A missão integrou ainda um
representante do Secretariado do Mecanismo da Participação da Sociedade Civil
do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Comunidades dos Países de
Língua Oficial Portuguesa (CONSAN-CPLP).
O SIPAM, criado em 2002, é uma
iniciativa do Programa das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
que reconhece e promove sítios ricos em biodiversidade e recursos genéticos que
representam o sustento das comunidades.
No mundo, existem 37 sítios
reconhecidos como património mundial da agricultura.
Saliente-se que, em 2014, o
Governo de Cabo Verde esteve em diálogo com a Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), visando a preparação da
candidatura do perímetro florestal do Planalto Leste a património natural da
humanidade, dada a “importância” dessa reserva florestal “no contexto da
biodiversidade nacional e mundial”. In “Inforpress” – Cabo Verde
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