Presidente
da República desafia nova Presidente do INE para que estatísticas estejam
ajustadas à demanda dos usuários
O calendário estatístico
nacional deve ser harmonizado de forma a satisfazer as necessidades de
informação do Governo e de outros utilizadores em tempo útil. Este desafio foi
lançado esta terça-feira, 21 de Setembro corrente, pelo Presidente da República,
Filipe Nyusi. O Chefe do Estado falava no acto de tomada de posse da
recém-nomeada Presidente do Instituto Nacional de Estatística, Dra. Maria
Isaltina Lucas, que substitui o Dr. João Dias Loureiro no cargo.
Para o Presidente da
República, ainda prevalece, a título de exemplo, um desfasamento temporal entre
as necessidades de informação para a avaliação da implementação de políticas nacionais
e a disponibilidade de dados para o efeito em tempo útil. Esta prática
acrescentou, pode constranger o Governo na avaliação do impacto da sua actuação
com vista a aplicação de medidas correctivas e de ajustamento estrutural ou
conjuntural de políticas sempre que se revelar necessário.
“O conceito de servir
exprime a ideia de que a informação produzida vai de encontro às necessidades
de informação dos seus utilizadores. Por outro lado, seja presente a estes
utilizadores em tempo útil, o que significa que sendo a estatística fundamental
para o processo de tomada de decisões ela deve ser presente quando requerida
para o efeito”, acrescentou.
Indicou que sendo o INE um
órgão reitor do sistema estatístico nacional, tem uma responsabilidade
acrescida na dinamização e coordenação da recolha, tratamento e difusão e
disseminação de informação estatística oficial nacional fiável e oportuna para
que sirva de referência e expressão numérica do desempenho da economia
nacional. “A monitoria das políticas do Governo e a avaliação do impacto da
implementação da agenda do desenvolvimento exigem do INE maior aptidão na
disponibilização de análises de conjuntura e estrutura económica. A referida
análise inclui a avaliação das dinâmicas demográficas e sociais expressas na
projecção de políticas sociais e populacionais com vista a garantir um
desenvolvimento harmonioso equilibrado e alcance do bem-estar dos
moçambicanos”, desafiou.
Das acções em curso, o
Presidente da República destacou a relevância, pertinência e urgência da
aceleração do processo de conclusão da sistematização dos dados do inquérito ao
orçamento familiar 2014/2015, a preparação, execução e disseminação dos
resultados do recenseamento geral da população de 2017.
Na óptica do Chefe do
Estado, os resultados deste inquérito irão ditar as tendências da evolução dos
indicadores nacionais e do impacto das políticas do Governo no combate à
pobreza.
Com relação ao censo da
população 2017, este deve merecer atenção especial, sobretudo porque os
resultados do último censo populacional de 2007 são desafiadores ao apresentar
uma taxa de omissão de 2 por cento que permitiu a classificação de muito bom
para os parâmetros internacionais. “Nestes termos, desafiamos a empossada a
dedicar-se na dinamização e coordenação da actividade estatística, na melhoria
dos métodos, técnicas e procedimentos na produção de dados resultantes da
leitura dos fenómenos incluindo a harmonização do calendário estatístico às
necessidades de informação do Governo e doutros utilizadores”, indicou. In “Jornal
de Notícias” - Moçambique
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