Comunicado integral
Depois de décadas de indefinições na ala
política, a hora da modernização do Movimento das Forças Democráticas da
Casamansa (MFDC) soou.
Esta modernização deverá começar com a eleição de
um Secretário-geral do nosso movimento e respectivo secretariado através dum
sufrágio indirecto que caberá aos nossos eleitores votarem. Estas disposições
permitirão ao MFDC desarticular o bloqueio político, que foi imposto pelo
Estado do Senegal desde a sua independência. Por isso, o Estado senegalês é
pelo status quo e pela deterioração
da Casamansa.
Todavia, é fácil de constatar que o MFDC
conheceu apenas dois congressos após a sua formação. Foram o congresso de
Sédhiou em 1947, com a eleição de Victor Diatta como Secretário-geral, e depois
o congresso de Bignona em 1954.
O padre Augustin Senghor Diamacoune não
cessava de repetir que ele tinha sido nomeado Secretário-geral pelo Senegal.
Por outras palavras, o padre Diamacoune nunca foi eleito para o cargo de
Secretário-geral do MFDC por uma consulta interna ou um congresso. Assim
ninguém pode pretender ser o seu sucessor de direito no seio do nosso
movimento.
O círculo de universitários e intelectuais do
MFDC na medida em que é um órgão neutro e regulador do nosso movimento, vai
propor um documento quadro a circular internamente para estabelecer um processo
de nomeação de um Secretário-geral e um secretariado, de uma forma democrática.
Fazendo, para atenuar as clivagens no seio do
nosso movimento, convidamos todas as sensibilidades do MFDC para participar
nesta consulta interna, tendo em vista a nomeação de um Secretário-Geral. Esta
organização consultiva apresenta-se como uma alternativa ao congresso.
Além disso, a versão mais recente de Robert
Sagna sobre uma suposta reflexão com especialistas sobre a questão da
descentralização como alternativa à independência como reclama o MFDC, é
simplesmente uma confissão de fracasso da missão que lhe foi confiada pelo
Presidente da República do Senegal.
Por isso, o Movimento das Forças Democráticas
da Casamansa luta pela sua independência desde os tempos coloniais e não deu
nenhum mandato nem qualquer reconhecimento a este famoso grupo de Robert Sagna
para reflectir sobre o futuro da Casamansa.
O
MFDC como um todo reconhece a Organização das Nações Unidas (ONU) como único
organismo capaz de realizar a mediação e a resolução do conflito armado em
Casamansa.
Viva
a Casamansa livre e independente
O
Círculo dos Universitários e Intelectuais do MFDC
CUI – MFDC -
Casamansa
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