Brasil entra para elite mundial da eletrônica
orgânica
Células
solares orgânicas
O Brasil vai começar a fabricar células
solares orgânicas
Ainda sem uma indústria fotovoltaica
tradicional, à base de silício, o Brasil agora pode saltar etapas.
Ao contrário das células solares de silício,
as células solares orgânicas são feitos com plásticos, o que as torna leves,
flexíveis e transparentes.
Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as películas fotovoltaicas podem ser aplicadas no revestimento de edifícios e casas, fachadas, janelas, aparelhos eletrônicos, como celulares, e até mesmo em veículos.
As células solares orgânicas são fabricadas por impressão, usando como base um filme plástico flexível e transparente. [Imagem: CSEM] |
Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as películas fotovoltaicas podem ser aplicadas no revestimento de edifícios e casas, fachadas, janelas, aparelhos eletrônicos, como celulares, e até mesmo em veículos.
Além de outras aplicações inovadoras, essas
características permitem uma redução significativa nos custos de instalação,
responsáveis por até 70% do custo total dos sistemas fotovoltaicos
tradicionais.
A produção das células fotovoltaicas
orgânicas (OPV) será feita pelo CSEM Brasil, resultado da associação entre a
gestora de capitais brasileira, FIR Capital, e do Centre Suisse dÉlectronique e
Microtechnique, CSEM S.A.
A fábrica, que já recebeu investimentos de
R$20 milhões, e receberá outro tanto até 2014, está localizada na Cidade da
Ciência e do Conhecimento, em Belo Horizonte (MG).
Impressão
em rolos
Tanto o processo de fabricação - impressão em
rolos, ou roll to roll -, quanto os materiais empregados nas células solares
orgânicas, representam uma notável redução de impacto ambiental quando
comparados ao das células fotovoltaicas de silício.
A energia utilizada em sua produção é
aproximadamente 20 vezes menor do que a energia empregada na produção dos
painéis de silício, sendo considerada uma opção ainda mais verde para o
reaproveitamento da energia solar.
Embora tenham uma eficiência energética menor
em comparação com as células de silício, sua flexibilidade e seu baixo custo
podem ser um impulso importante para a adoção da energia solar em larga escala.
"Temos a vantagem competitiva de estar
no Brasil, com muito sol e uma matriz energética complementar que ainda não
cobre 100% da população. Além disso, estamos confiantes com as nossas parcerias
globais e com o time de excelência montado com doutores e profissionais que são
líderes em suas áreas de atuação," afirma o Dr. James Buntaine, presidente
da CSEM Brasil.
O Dr. Buntaine é pioneiro na indústria de
eletrônica orgânica impressa, OLEDS (LEDs orgânicos) e células solares de
plástico.
"O desenvolvimento e produção dessas
células no Brasil representa um marco importante para criação no Brasil de uma
cadeia de valor para energia solar competitiva em escala global, reunindo
formação de pessoal, tecnologia de próxima geração e matérias-primas
locais", declara Tiago Alves, membro da diretoria da empresa.
O Centro de Inovações CSEM Brasil e as
atividades desenvolvidas por suas divisões de "Eletrônica Orgânica e
Impressa" e de "Cerâmica LTCC e Micro Sistemas" contam com o
apoio da Fapemig, BNDES e FINEP. Inovação
Tecnológica – Brasil
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