Os hipermercados, face à quebra no consumo,
têm feito promoções e mais promoções, oferecendo sempre mais qualquer coisa que
a concorrência ainda não prometeu.
Os consumidores, perante tanta oferta e sem
uma postura de controlo da despesa, vão enchendo os carrinhos de compras, ávidos
de tantas pechinchas, graças às ofertas diárias, semanais ou mesmo quinzenais.
Os hipermercados para baixar os preços
reduzem no pessoal e os consumidores quando já têm o carrinho atafulhado de
compras vão à procura de uma saída que esteja em serviço e normalmente
deparam-se com uma fila.
Perante tantas promoções, tantas benesses, o comprador
na hora de pagar, pega no cartão de débito e entrega à zelosa funcionária.
Aqui, é que a coisa se complica, normalmente o dinheiro na conta não chega para
pagar a despesa.
Enquanto os restantes clientes desesperam,
assiste-se à eliminação de produtos até o cartão ser aceite, à procura nas
carteiras do dinheiro em falta para completar a despesa, ou ainda uma incerteza
sobre como hão-de resolver tal situação.
No fim, mais ou menos hora, tudo se resolve e
as prateleiras dos hipermercados lá vão ficando vazias, os fornecedores lá
aguardam uma quantidade de tempo para receber o dinheiro a que têm direito, mas
o problema principal está no comércio tradicional, que ao não conseguir
competir com os preços das grandes superfícies, por vezes sem saberem como é
possível tal preço, inferior aos que eles pagam no grossista, vão encerrando as
portas, não apenas nas grandes metrópoles, mas também, agora, nas cidades e
vilas deste país, Portugal, empurrando cada vez mais gente para o desemprego. Baía da Lusofonia
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