“Quero aproveitar, antes de partir, para
agradecer a Portugal e ao povo português pelo acolhimento hospitaleiro que me
reservou a mim, bem como a todos os dirigentes políticos e respectivas famílias
aqui refugiados na sequência dos acontecimentos do ano passado em Bissau.
Aproveito também para manifestar o meu eterno
agradecimento e reconhecimento a toda a comunidade internacional, CPLP, CEDEAO,
UA, UE e ONU pelo esforço consentido e consagrado à busca de soluções para que
o meu país ultrapasse estes momentos difíceis que tem vivido e reencontre o seu
espaço digno no concerto das nações.
Regresso porque entendo ter chegado o momento
de virarmos a página para o bem da Guiné-Bissau e do seu povo.
Não me animam quaisquer outros sentimentos ou
objectivos que não sejam os da paz, tolerância, amizade, amor ao próximo e o
dever com a mãe pátria.
Regresso cheio de esperança: esperança de
que, tal como no passado, os guineenses vão continuar a trilhar o caminho do
progresso, do bem-estar social, da concórdia e da harmonia. Um país só se constrói
com valores como os que acabo de referir.
Regresso ao meu país porque quero estar ao
lado dos guineenses para, em conjunto, sararmos as feridas da Nação, sem
rancor, mas com generosidade e firmeza.
Regresso porque quero estar ao lado dos
guineenses para retomarmos os ideais de desenvolvimento e progresso.
No entanto, quero que o meu regresso
represente a vontade e o desejo de todos os guineenses de se perdoarem e que
seja uma mensagem de paz, estabilidade e confiança no futuro.
Lanço um apelo a todos os guineenses – meus compatriotas
– para que não deixemos e nem permitamos que nada nos desvie daquilo que é
essencial que é a nossa Guiné.
É justamente pela Guiné e por Guiné que
regresso.
À Comunidade internacional peço mais um
esforço, mais uma oportunidade para a Guiné-Bissau.
Viva a Guiné-Bissau”. Carlos Gomes Jr. – Guiné-Bissau
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