Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Moçambique – Acordo viabiliza melhorias no Corredor Logístico de Nacala

Cerca de três mil milhões de dólares norte-americanos serão investidos, nos próximos anos, visando o aumento da capacidade do Corredor Logístico de Nacala que liga a região carbonífera de Moatize, em Tete, ao porto de Nacala, com passagem pelo Malawi.

Para a concretização deste objectivo foi assinado em Maputo um acordo de financiamento e respectivos contratos financeiros vinculantes entre as companhias Vale e Mitsui.

Para além dos representantes das duas empresas, também participaram da cerimónia membros do governo, financiadores nomeadamente a Japan Bank for Internacional Cooperation – JBIC; Nippon Export and Investment Insurance – NEXI; Banco Africano de Desenvolvimento – BAD; e a Agência Sul-africana de Crédito à Exportação – ECIC.

Com a aprovação dos acordos estão criadas as condições necessárias para que a Vale e a Mitsui viabilizem os trabalhos de melhoramento do Corredor Logístico de Nacala, através de intervenções na linha, aquisição de material circulante, nomeadamente, vagões, locomotivas, bem como outro equipamento para o manuseamento de carga.

Falando durante a cerimónia, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, explicou que a aposta dos investidores representa a confiança no trabalho que o governo tem estado a desenvolver para tornar Moçambique num destino privilegiado do investimento directo estrangeiro.

Para Mesquita, com o financiamento previsto, o Corredor Logístico de Nacala vai conhecer significativas melhorias, sendo expectativa que atinja, efectivamente, a capacidade de 22 milhões de toneladas, das quais 18 milhões de toneladas destinam-se ao escoamento do carvão e os restantes quatro milhões de toneladas deverão ser alocados à carga diversa.

“Reiteramos o nosso cometimento e determinação na prossecução da criação de um ambiente atractivo de negócios, particularmente, a criação e actualização da legislação sobre o investimento, a promoção do ambiente de paz, a redução da burocracia, entre outros”, sustentou Mesquita.

Já o presidente da Vale Moçambique, Marcio Godoy, explicou que o montante previsto para o investimento, uma parte se destina a Moçambique e a outra ao Malawi e o prazo de reembolso do crédito é de 13 e 14 anos, quase metade do período da concessão do Corredor Logístico de Nacala.

Godoy destacou que para além de responder de forma eficiente às necessidades logísticas do transporte de carvão, o Corredor Logístico de Nacala desempenha um papel importante na integração regional, sobretudo porque pode atender às necessidades de escoamento de bens para Moçambique, Malawi, Zimbabwe e Zâmbia. In “Jornal de Notícias” - Moçambique

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