Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

São Tomé e Príncipe – Escritor Albertino Bragança apresentou Ao Cair da Noite

São Tomé - A capital são-tomense acolheu na passada quinta-feira, 14 de Dezembro, a mais recente apresentação da obra literária, Ao Cair da Noite, do escritor são-tomense Albertino Bragança, visando o enriquecimento do reportório literário do país e incentivar o gosto pela leitura.

A apresentação do romance esteve ao cargo da professora Nazaré Ceita consubstanciada pelo professor Frederico dos Anjos que focalizaram diversos assuntos nomeadamente a família, o lar, o ciúme, a infidelidade, o crime e outros que contribuíram para o enredo do romance, Ao Cair da Noite

Ao Cair da Noite” surge porque “foi ao cair da noite, que criei um litígio entre um casal em que o marido convida a esposa para jantar fora, mas afinal era para ir para um lugar ermo para a matar, mas não a chegou a matar", explica o romancista são-tomense, Albertino Bragança aquando da apresentação em terras lusas.

“É um romance, cuja narrativa centrada numa mulher, remete “para um tema universal, crime passional, de modo tão real que quase nos liberta do território da ficção para nos colocar face aos meandros da vida.”, considera o romancista são-tomense.

O autor considera ainda que a questão do crime passional tem tido uma grande propagação, tendo sublinhado que é um acto transversal que ocorre em quase todos os países do mundo, sobretudo, agora em que as mulheres têm feito conquistas assinaláveis em matéria dos direitos humanos.

No romance, Ao Cair da Noite, segundo vários leitores, percebe-se que as personagens deambulam por muitos lugares, todas enredadas numa mesma teia que a vida lhes teceu, aborda também o reino do oportunismo partidário onde se lhe depara, para lá do arbítrio do poder, a atitude de resistência às coisas sujas da política.

Os leitores defendem que na obra, colhe-se a certeza de que, apesar de tudo, há vida para além da angústia e do medo. Então, suspende-se a narrativa e fica-nos um romance aberto deixando que o leitor se embrenhe na estrada da imaginação e crie, ele próprio, um desfecho possível que o autor quer deixar em suspenso.

A estreia de apresentação pública da obra, que junta-se a Rosa do Riboque e Outros Contos, Novela,1985, Um Clarão Sobre a Baía, Romance, 2005, Aurélia de Vento, Romance, 2011 e Preconceito e Outros Contos, 2014, foi feita em Julho e Setembro último, em Lisboa, Portugal.

Albertino Homem dos Santos Sequeira Bragança nasceu em São Tomé e Príncipe, em 9 de Março de 1944, tendo ali realizado os ensinos primário e secundário até 1963 e frequentado a Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências, entre 1964 e 1969.

Regressado ao país após a independência, a par dos diversos cargos directivos a nível da educação, dedicou-se a intensa actividade cultural. Exerceu, a partir de 1991, importantes funções partidárias, governativas e parlamentares, de onde exerceu o cargo de ministro de educação e cultura. In “STP-Press” – São Tomé e Príncipe

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