Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Moçambique - Mulheres moçambicanas empreendedoras nas artes e na cultura

Mais de meia centena de mulheres empreendedoras participaram na última sexta-feira, 6 de Outubro, na quarta edição do Lioness Lean in Breakfast, um evento que visa a partilha de experiências na área do empreendedorismo por parte de empresárias.



Esta edição teve como oradoras três mulheres que actuam em áreas que muitos desenvolvem, geralmente, nos tempos livres, nomeadamente fotografia, maquiagem e decoração de interiores.

Trata-se de Evandra Cossa, directora executiva da Ezee Money Mozambique, Daisy Mogne, fundadora da Daisy Mogne Studio, e Iria Marina, fotógrafa de retratos ambientais e de documentários.

As três oradoras falaram sobre o seu percurso e experiência no mundo empresarial, dos obstáculos e desafios que tiveram de enfrentar para se imporem, para além de interagir com as participantes e aspirantes a empreendedoras.

Conforme explicou Sasha Vieira, responsável pela Incubadora de Negócios do Standard Bank, a escolha destas áreas visa desconstruir a ideia de que não se pode empreender na arte e na cultura.

“É um mito pensar que os artistas não são empreendedores. É possível, sim, fazer negócio no sector das artes e cultura. Por isso convidámos mulheres que tiveram a coragem e ousadia de empreender nestas áreas e hoje são referências”, considerou Sasha Vieira.

No mesmo diapasão, Melanie Hawken, fundadora da Lionesses of Africa, organizadora do Lioness Lean, defendeu que um dos segredos do empreendedorismo, a par da persistência, é a paixão pelo que se faz.

“Quem ama o que faz dificilmente desiste. Luta pelo seu espaço e oportunidades no mercado, e vence. É assim que todos começaram”, acrescentou Melanie Hawken, que também se referiu à necessidade de se encorajar as adolescentes e jovens a apostarem no empreendedorismo.

“Temos de as ensinar a iniciar e gerir um negócio. O nosso desejo é ver muitas empresas dirigidas por mulheres a liderar o mercado, e isso é possível. As três mulheres que participaram nesta edição como oradoras são disso exemplo”, concluiu.

Durante o evento, uma das questões abordadas tinha a ver com os obstáculos que os empreendedores, no geral, enfrentam para se imporem no mercado, tendo sido apontado o acesso ao crédito como um deles.

Entretanto, no que diz ao empreendedorismo feminino, em particular, uma das oradoras, Daisy Mogne, elegeu a aceitação da mulher, por parte da sociedade, como um dos obstáculos.

“A nossa sociedade ainda olha para a mulher como o sexo fraco. Por isso é importante que a mulher empreendedora tenha o apoio e amparo da família e das pessoas que a rodeiam. A persistência também é importante”, considerou.

O evento, organizado pela Lionesses of Africa, uma rede com mais de 400 mil mulheres empresárias em 49 Países do continente africano, é patrocinado pelo Standard Bank e conta com o apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos e da Shell Moçambique. In “Fim de Semana” - Moçambique

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