Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 27 de março de 2015

Macau - Portal para a cooperação sino-lusófona

Macau vai inaugurar, a 1 de abril de 2015, um portal eletrónico para os três centros de cooperação económica e comercial entre a China e a lusofonia que estão a ser criados na Região, mas ainda sem data de abertura definida.

A nova coordenadora do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau, Echo Chan, anunciou, na quarta-feira, que o primeiro passo no sentido da criação na Região de três centros para a cooperação sino-lusófona vai ser dado já a 1 de abril com o lançamento de um portal eletrónico.

“A 1 de abril vamos ter a cerimónia de inauguração do portal conjuntamente com o IPIM (Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau)”, afirmou após a tomada de posse, na presença do secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong.

Ao salientar que a prioridade do Gabinete de Apoio e do Secretariado Permanente do Fórum é a implementação das oito medidas do plano de ação 2014-2016, entre as quais a criação desses centros, a responsável garantiu que, durante a sua comissão de serviço de um ano, vai colaborar nesse sentido com o IPIM, onde exerceu funções nos últimos 23 anos.

Sem querer adiantar pormenores sobre o conteúdo e funções do novo portal, Echo Chan referiu apenas que haverá uma aposta na promoção de Macau enquanto centro de formação de quadros bilingues.

“Macau tem uma caraterística única que é o facto de ter quadros bilingues e o chinês e português enquanto línguas oficiais, o que permite desenvolver esta plataforma entre a China e os países de língua portuguesa e pretendemos tirar partido desta característica”, apontou, referindo que “existem na Região várias entidades que oferecem cursos” bilingues.

Em 2013, durante a conferência ministerial do Fórum Macau, foi anunciada a criação no território de um centro de serviços comerciais para as pequenas e médias empresas dos países lusófonos, um centro de distribuição de produtos alimentares dos países de língua portuguesa e um centro de convenções e exposições para a cooperação económica e comercial entre a China e a lusofonia, que contam com o apoio do Governo chinês. A abertura dos três centros “vai avançar de acordo com o plano”, segundo Echo Chan, mas a data será “anunciada mais tarde”.

“A China definiu Macau como a plataforma entre a China e os países de língua portuguesa porque, além da sua situação geográfica, tem elementos históricos que podem ajudar ao investimento bilateral pelos empresários chineses e lusófonos”, constatou a responsável.

A nova coordenadora adiantou também que, no dia 31, o Secretariado Permanente do Fórum Macau vai realizar a sua reunião ordinária na Região e organizar um colóquio de formação de quadros lusófonos.

“No futuro vamos realizar mais colóquios e intercâmbios para os empresários, mais atividades culturais, vamos continuar a organizar delegações empresariais à China e aos países de língua portuguesa e queremos promover mais junto dos empresários as vantagens que o papel de Macau enquanto plataforma oferece ao desenvolvimento dos seus negócios”, disse.

O objetivo, acrescentou, é contribuir para um melhor conhecimento dos empresários chineses e lusófonos do ambiente de negócio dos seus países e facilitar investimentos através de Macau. “Pretendemos que os empresários possam utilizar a plataforma de Macau e entrar, assim, no mercado chinês e lusófono”.

Rita Santos, a antecessora de Echo Chan, “deu um importante contributo para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, afirmou a nova coordenadora, que espera “desenvolver ainda mais a relação entre a China e os países de língua portuguesa e o envolvimento dos empresários de Macau”. In “Plataforma Macau” - Macau

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