A atividade portuária
verificada no mês de novembro vem confirmar o comportamento do sistema
portuário do continente, que em termos acumulados e globais é caracterizado por
um crescimento de +4,1%, face ao período homólogo de 2015, sustentado pelo
acréscimo registado no movimento do porto de Sines, de +6,5 milhões de
toneladas, que, com o apoio simbólico do porto da Figueira da Foz (+52,8 mil
toneladas), anula as quebras de tráfego verificada nos restantes portos, num
total de quase -3,2 milhões de toneladas, determinando um acréscimo final
líquido de +3,4 milhões de toneladas.
Com o referido crescimento de
+4,1%, o movimento do mercado portuário do continente ascendeu a 85,4 milhões
de toneladas de carga nas diversas tipologias, que constitui o valor mais
elevado de sempre registado nos períodos homólogos, refletindo idêntica marca
observada no porto de Sines, que atinge 46,8 milhões de toneladas, que
representa um crescimento homólogo relativamente ao ano anterior de +16,1%.
Este comportamento positivo é apenas acompanhado pelo porto da Figueira da Foz,
que cresce +2,9% face a 2015, apresentando os restantes portos do continente um
comportamento negativo, destacando-se o porto de Lisboa com uma quebra de
-15,3% (correspondente a -1,6 milhões de toneladas), o porto de Leixões com
-3,7% (-630 mil toneladas), Setúbal e Aveiro com -5,7% (-393 e -245 mil
toneladas, respetivamente) e, ainda, os portos de Viana do Castelo e Faro com
-12,7% e -57,1% (-51,4 e -202,9 mil toneladas, respetivamente), encontrando-se
o último sem atividade portuária desde junho.
O resultado deste
comportamento do sistema portuário é, naturalmente, o reforço da posição de
liderança do porto de Sines, cuja quota ascende a 54,8% do mercado, superior em
5,5 pontos percentuais à que detinha no início do ano. Por ordem de grandeza
segue-se o porto de Leixões, com 19,5%, Lisboa, com 10,6%, Setúbal, com 7,5%, e
Aveiro, com 4,8%.
Importa recordar que a atual
posição do porto de Sines surge favorecida pela circunstância de o Terminal
Oceânico de Leixões ter estado sem atividade desde março a outubro para
manutenção da monoboia em estaleiro, levando a que cerca de 1,7 milhões de
toneladas de Petróleo Bruto transportadas em navios de grande dimensão com
destino a Leixões tivessem passado por Sines.
Recorda-se, igualmente, que o
porto de Faro está sem qualquer movimento de carga desde junho, altura em que a
Cimpor, sua única utente, decidiu interromper a atividade do Centro de Produção
de Loulé, face às condições desfavoráveis do mercado de cimento, tendo,
entretanto, anunciado já a intenção de retoma da atividade desta fábrica em
fevereiro de 2017, face a "um
ligeiro sinal de retoma do mercado interno, e uma expectativa mais positiva
face ao enquadramento exportador”.
O volume de contentores
movimentados nos portos do continente, em operações Lo-Lo e Ro-Ro, no período
janeiro-novembro de 2016 atingiu cerca de 1,57 milhões de Unidades
correspondentes a cerca de 2,5 milhões de TEU, o que reflete acréscimos homólogos
de, respetivamente, +2,6% e de +4,1%, e representam as melhores marcas de
sempre neste segmento de mercado.
Este comportamento do mercado
de contentores resulta da contribuição positiva dos portos de Sines, Setúbal e
Figueira da Foz, que com acréscimos de, respetivamente, +10,7%, +31,9% e +19,6%
no movimento em TEU atingem individualmente os volumes mais elevados de sempre,
e de Leixões, com um crescimento de +5,4%, sendo contrariada pela quebra
observada no porto de Lisboa que ainda se cifra em -22,7%, após recuperação de
16 pontos percentuais face à quebra apurada em maio (mês em que cessou o
período mais recente de greves dos trabalhadores portuários.
Neste segmento de mercado o
porto de Sines reforça também a posição de líder com uma quota de 54,7% do
total de TEU movimentados. Seguem-se Leixões com 24,4%, Lisboa com 14,2% e
Setúbal com 5,8%.
Recorda-se que o mercado de
contentores é fortemente influenciado pelo tráfego de transhipment registado no porto de Sines, que no período de janeiro
a novembro de 2016 representou cerca de 79,8% do movimento de contentores do
próprio porto e 41,6% do movimento total de contentores nos portos do
continente, após ter registado um crescimento de +12% face ao período homólogo
de 2015.
Poderá aceder a mais informação
aqui. Autoridade da Mobilidade e dos
Transportes - Portugal
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