A Câmara Agrícola Lusófona
(CAL) está a organizar uma Missão Empresarial, de 26 de Novembro a 3 de
Dezembro de 2016, à República Democrática de São Tomé e Príncipe, no âmbito do
seu Programa de Internacionalização do Sector do Agronegócio, iniciativa
comparticipada parcialmente pela União Europeia – Portugal 2020 e Compete 2020.
São Tomé e Príncipe, apesar de
ser uma das mais pequenas economias do mundo, é um exemplo do que é um sistema
político democrático, multipartidário e semi-presidencialista. Um quarto de
século de consolidação democrática, com alternâncias de poder pacíficas, fez
dele um dos poucos países africanos bem classificados, nos Índices de Liberdade
e de Governação Política, tendo sido o país da África Central com o melhor
desempenho em termos de governança, em 2015.
A excepcionalidade das suas
condições político-governativas permitiu que São Tomé e Príncipe, impulsionado
pela melhoria da produção agrícola e dos resultados dos serviços, tivesse, em
2014 e 2015, um crescimento real do PIB acima dos 4,0%, tendência que deverá
manter-se nos próximos anos.
A agricultura, as pescas e o
turismo são os sectores tradicionalmente prioritários para o desenvolvimento do
país. Entretanto, o governo resolveu tornar São Tomé numa base logística de
transportes marítimos e aéreos para o Golfo da Guiné; algo de particularmente
relevante para todas as empresas que estabeleçam negócios com aquele país, ou
com outros naquela região.
“As empresas portuguesas do
agro-negócio, que queiram exportar os seus produtos para São Tomé e Príncipe,
ainda têm possibilidades de crescer naquele mercado, apesar de Portugal já ser
o seu maior fornecedor. Maiores oportunidades existem para ter aquele país como
fornecedor de produtos como o cacau e o café – ambos com qualidade de nível
mundial –, mas também, a pimenta, a baunilha ou o óleo de palma, cuja produção
começará em breve”, explica o presidente da CAL, Jorge Correia Santos.
Portugal só importa 192 mil
euros de produtos alimentares de São Tomé e Príncipe; ou seja, apenas compra
2,5% do total das exportações santomenses daquele sector. “A presença nesta
missão empresarial é uma excelente oportunidade para criar parcerias comerciais
e governamentais, num país seguro para fazer negócios”, acrescenta aquele
responsável. Carlos Caldeira – Portugal in “Agricultura
e Mar Actual”
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