Que
países entrarão na CPLP antes que a Galiza?
Vários países vão entrar como observadores
associados e membros, muito antes do que o lugar onde nasceu a língua, a parte
da antiga Galiza ao Norte do Minho, a comunidade autónoma galega atual. Dentro
destes novos países estão a Guiné Equatorial, o Japão, a Namíbia, a Turquia e a
Geórgia.
É relevante o interesse crescente na pertença
à CPLP e os argumentos que dão cada um destes países para se integrarem neste
espaço cultural, linguístico e económico. Falaremos só de dous: Guiné
Equatorial e Geórgia.
Guiné Equatorial
Guiné Equatorial, foi colónia espanhola até o
ano 1968 e previamente colónia portuguesa até o ano 1778. Será membro de pleno
direito da CPLP desde este mês de julho de 2014.
Recentemente, no web CEO Lusófono, sítio sobre pessoas relevantes da lusofonia,
aparecia este manchete intitulado “Guiné Equatorial reintegra a Lusofonia”.
Nele comentava-se o bloqueio de Portugal à entrada da Guiné, que finalmente
cedeu frente as pressões do Brasil e Angola.
“(…) Luanda e Brasília cansaram-se de “dar
tempo ao tempo” e defenderam também os interesses de Lisboa. Explicaram a
Lisboa que estava na hora de resolver a re-integração da Guiné Equatorial no
espaço lusófono. E Lisboa teve de ceder… Quando Portugal deveria ter sido (por
razões históricas e estratégicas) o principal defensor desta re-integração,
acabou por ser o obstáculo que foi necessário Brasília e Luanda removerem…
Pois, recorde-se, Portugal era o único país lusófono a opor-se à entrada da
Guiné Equatorial na CPLP.”
Geórgia
Antiga república soviética independente desde
o ano 1991, com uma área de 69,7 quilómetros quadrados e uma população de 4,3
milhões de habitantes, pediu em 2012 o estatuto de país observador à CPLP.
O diplomata georgiano Giorgi Gorgiladze tem
explicado o interesse da Geórgia no bloco lusófono, sublinhando o valor da
Língua Portuguesa e o potencial económico dos oito países da CPLP. “Os países
lusófonos estão distribuídos pelos cinco continentes e é importante
relacionarmo-nos com estes países. Queremos desenvolver relações económicas,
políticas e culturais com estes países, em particular com Portugal”, disse.
Rainha Ketevan |
Giorgi Gorgiladze lembrou que as ligações
entre Portugal e a Geórgia têm séculos, apontando como provas desse
relacionamento a referência ao povo georgiano n’Os Lusíadas, de Luís de Camões,
ou um painel de azulejos alusivo ao martírio de uma das santas mais veneradas
na Geórgia existente no Convento da Graça, em Lisboa.
Lei Paz-Andrade
A partir da aprovação da Lei Paz Andrade, é
desejável que o governo da Xunta, recolhendo o caráter de unanimidade que
trouxe a lei, lidere junto com o maior número de agentes sociais e económicos
galegos, a possibilidade de entrar como observador associado, no mínimo, e como
membro de pleno direito por justiça.
O lugar onde se trovaram as “Ondas do mar do
Vigo” de Martim Códax não pode ficar à margem da da CPLP. Afinal, também saímos
nos Lusíadas, e com certeza, mais vezes do que a Geórgia. Ramon Pichel – Galiza in “Portal Galego da Língua” e “Fest-AGAL Nº 5”
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