Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

França – Ferrovia

França concentra setor ferroviário numa única entidade pública

Depois de decisão do parlamento francês, terminou a separação entre a Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro (SNCF) e a RFF (Rede Ferroviária de França). As empresas estão agora juntas numa mesma entidade pública, dividida entre a SNCF Réseau (gestão da infra-estrutura) e a SNCF Mobilité (exploração dos comboios).

A nova empresa contará com 150 mil trabalhadores e permite poupanças de 550 milhões de euros anuais até 2020, sendo quase um regresso ao passado, antes de em 1991 uma directiva comunitária ter obrigado à separação da gestão da infra-estrutura e da exploração dos serviços de transportes.

A decisão surge um pouco no seguimento do que já havia sido feito na Alemanha, onde apesar de nunca ter sido criada uma entidade única para gestão de todo o setor, existe a DB Netz, congénere da portuguesa Refer, que faz parte da holding da estatal Deutsche Bahn (DB), sendo por esta detida em 100%. In “Cargo edições” – Portugal

Comboios turísticos em França - Foto Webrails.tv


Ciclo-rail em França - Foto Webrails.tv
Em Portugal a divisão da empresa pública CP em diversas entidades, levou ao avolumar da despesa, à rápida destruição do sistema ferroviário, levando ao abandono de muitas linhas férreas, com o desaparecimento do material das vias, esquecendo-se o que poderia ser um potencial turístico, o aproveitamento de linhas centenárias, com estações únicas, em desenvolvimento turístico, passou nalguns casos para percursos de ciclovias, ou para espaços repletos de mato. Para agravar a situação os decisores resolveram juntar a entidade das infraestruturas ferroviárias com a das estradas. Pior a emenda que o soneto.

Recordemos também as palavras do brasileiro Mauro Dias que há dias escrevia e passo a citar:Considerado uma das maiores invenções do setor portuário, o contêiner – também conhecido como contentor em Portugal e nos demais países de expressão portuguesa –, criado na década de 1930 nos Estados Unidos, é hoje responsável pela movimentação de 95% das cargas que são transportadas pelos mares do planeta. Seu aparecimento revolucionou não só o transporte por navio como requalificou o modal ferroviário que, no Brasil, na década de 1970, parecia com os dias contados, o que levou imprudentes gestores públicos a sucatear a malha que existia, a ponto de hoje várias antigas estações terem virado centros de convivência ou de exposição de artes populares.” Baía da Lusofonia

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