Catalunha projeta lei para realizar referendo
independentista
O presidente do governo catalão, Artur Más,
adiantou ontem, 07 de março de 2014, que se o Estado espanhol mantiver a negativa de autorizar um
referendo independentista, o parlamento regional aprovará uma lei para
realizá-lo.
Se acharmos um obstáculo permanente do
Estado, haverá uma lei catalã de consultas do parlamento e em base nela
convocarei a consulta no dia 9 de novembro, afirmou Más em entrevista à
emissora radial RAC1.
A este respeito apontou que já se trabalha,
com discrição, nos mecanismos operativos do referendo, que o governo espanhol
recusa pelo considerar inconstitucional.
Como um último recurso -agregou Más- ficará a
convocação a eleições nas quais se proponha o referendo por parte dos partidos
que a apoiam e se houver um sim em massa a essas organizações, a consulta se
terá ganhado.
Para isso pontuou que se reunirá com as
forças políticas afins à iniciativa e decidirão conjuntamente o marco eleitoral
e as condições.
Em relação a uma provável negociação com o
presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, assegurou que pediu o encontro,
mas recebeu por resposta, mediante intermediários, o argumento que não é
necessária.
Más esclareceu que essa reunião deve incluir
o tema da consulta, que se nega a discutir Rajoy. "Imagine-se, quando vejo
Rajoy, falamos de tudo menos disto. Seria uma reunião entre zumbis. Nos
correriam a gorrazos, como dizem em Madri", sublinhou.
Tanto o dirigente Partido Popular, como o
Partido Socialista Operário Espanhol, o principal da oposição, se opõem a que o
Congresso de Deputados passe a Catalunha as concorrências necessárias para
organizar o referendo.
A duas formações com ampla maioria absoluta
no parlamento consideram que temas referidos à integridade territorial
corresponde os decidir a todos os espanhóis e não a uma parte deles. Prensa Latina - Cuba
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